Sorrindo à vontade
Profissional confecciona aparelhos de ortodontia, aparelhos de prótese removível, conhecidos como “ponte”, implantes, trabalhos com facetas de porcelana.
Em entrevista à seção “Profissões & Cursos”, Roberto Seiei Quiyan, presidente da Associação dos Protéticos Dentários do Estado de São Paulo (APDESP), dá mais detalhes sobre essa carreira. Confira
Por Rogerio Jovaneli/SP
JC&E – O que faz o técnico em Prótese Dentária?
Roberto Seiei Quiyan (presidente da APDESP) – Esse profissional confecciona aparelhos de ortodontia, aparelhos de prótese removível que são conhecidos popularmente como “ponte”, implantes, trabalhos com facetas de porcelana, entre outros. A profissão foi regulamentada em 1979.
JC&E – Onde ele pode atuar?
Roberto – Depois de formado no curso técnico e inscrito no Conselho Regional de Odontologia (CRO), na área em que vai trabalhar, o Protético geralmente ingressa no mercado como estagiário, na função de auxiliar em laboratórios de prótese dentária. Quem faz o curso técnico pode trabalhar em laboratórios e clínicas, hospitais públicos, nas Forças Armadas, Polícias Civil e Militar e no Corpo de Bombeiros. Com uma reserva e muita dedicação, vários profissionais optam por montar o próprio laboratório, tendo uma possibilidade de ganhos maior. Vale ressaltar que esse profissional não pode lidar diretamente com o paciente. Esse intermédio é feito pelo dentista, conforme dita o Conselho Federal de Odontologia.
JC&E –Quais as características necessárias para quem quer seguir essa carreira?
Roberto – O profissional deverá apresentar capacidade de concentração, habilidade manual, senso estético, atenção a detalhes e organização.
JC&E – Como é a formação do Técnico em Prótese Dentária?
Roberto – Os futuros profissionais dessa área precisam fazer curso técnico de Prótese Dentária reconhecido pelo Conselho Regional de Odontologia (CRO), que pode durar entre um ano e meio a dois anos, com carga de aproximadamente 1.200 horas/aula. Atualmente, existem 40 escolas espalhadas pelo País, que formam mais de 800 profissionais. Algumas instituições podem ser consideradas referências, como o Senac. Geralmente, desde o primeiro semestre de aula o estudante é absorvido pelo mercado de trabalho para estágio.
JC&E – E quanto ao mercado de trabalho para esse profissional?
Roberto – Embora retraído, o mercado é extremamente atraente para o Técnico em Prótese Dentária. Por se tratar de um serviço terceirizado da Odontologia, o segmento ainda é pouco difundido, mas já se consolida como um dos mais promissores na área da saúde e estética bucal.
Pelos dados da Associação Paulista de Técnicos em Prótese Dentária, existem cerca de 20 mil profissionais trabalhando em um dos 3.200 laboratórios espalhados pelo País, dos quais 90% são formados por pequenas e médias empresas.
JC&E – Quais as áreas de atuação mais promissoras?
Roberto – Sem dúvida, o profissional que vira dono de um laboratório. Por exemplo, um laboratório de médio porte, com cerca de cinco funcionários, fatura entre R$ 5 mil e R$ 8 mil por mês. Já os proprietários de grandes empresas têm faturamento bem maior.Conheço algumas que ganham até R$ 400 mil por mês aqui em São Paulo. No entanto, todos esses valores estão condicionados ao volume de investimentos que é feito no negócio.
Para montar um laboratório que ofereça todos os tipos de produtos da área – prótese total, prótese parcial removível, conhecida como ponto móvel, próteses fixas e aparelhos ortodônticos – gasta-se, pelo menos, R$ 100 mil. O grande investimento é para fabricação da prótese fixa. Só com isso é preciso desembolsar R$ 80 mil, com fornos de cerâmica, entre outros equipamentos. Mas ressalto que só deve abrir um laboratório quem já possui experiência.
JC&E – Fale sobre os pontos positivos e negativos da profissão.
Roberto – o profissional pode atuar em diversas áreas, seja como funcionário, autônomo, consultor de empresas e demonstrador técnico ou mesmo dono de laboratório. Já as dificuldades são as mesmas de muitas profissões: a concorrência.
JC&E – Qual a remuneração média do Técnico em Prótese Dentária?
Roberto – Geralmente, o profissional ingressa no mercado como estagiário, na função de auxiliar, em laboratórios de prótese dentária, recebendo entre R$ 600 e R$ 1.000 mensais. Ao obter mais experiência, o profissional pode chegar a ganhar entre R$ 1.500 e R$ 2.500, para jornada de trabalho de oito horas diárias. Ao montar o próprio laboratório, é possível obter rendimentos bem superiores.
O que é prótese dentária?
A prótese dentária é uma peça fabricada em laboratório que imita a forma e a função dos dentes naturais. É utilizada na Odontologia para reparar ou substituir os dentes naturais. Também pode ser usada com objetivo estético, recobrindo dentes saudáveis, mas que apresentam manchas ou outras alterações que comprometam a aparência.
Após fazer os exames necessários e o planejamento que pode indicar ou não a utilização da prótese, o cirurgião-dentista realiza uma moldagem da região que será tratada. A partir dessa moldagem, o laboratório especializado obtém um modelo de precisão e produz uma prótese sob medida para o paciente.
As próteses mais modernas utilizam materiais de alta tecnologia como ligas metálicas e porcelanas de alta resistência. Outro material muito empregado é a resina fotopolimerizável, que endurece quando exposta à luz.
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