Bloqueio de estradas traz risco de desabastecimento na área da saúde, diz Anvisa

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) está preocupada com o risco de desabastecimento na área da saúde. A agência enviou ofício ao ministérios da Saúde, Casa Civil e Justiça nesta quarta-feira (2) informando que está monitorando a possibilidade da falta de suprimentos de saúde devido ao bloqueio de estradas provocado por manifestações antidemocráticas contra o resultado das eleições 2022.

Desde domingo, 30 de outubro, após o resultado da votação, apoiadores do atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), derrotado após tentativa de reeleição, estão bloqueando estradas do Brasil em protesto contra o resultado das urnas que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como o próximo presidente.

Segundo a nota enviada pela Anvisa, esta é "uma medida que vem no escopo da missão da agência de identificar ameaças e proteger a saúde da população”. Além dos ministérios mencionados, foram comunicados pela Agência o Ministério Público Federal, o Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS)

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Bloqueio de estradas e “cenário sanitário ainda com incertezas”

O ofício enviado pelo diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, carrega o tema: “mapeamento de risco de desabastecimento da cadeia de suprimentos de medicamentos e vacinas”. O diretor da Anvisa solicitou ainda ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, “especial atenção, a fim de que se possa manter e garantir o livre acesso da população à insumos de saúde”.

Para a Anvisa, já existe a preocupação do risco de desabastecimento que pode impactar o fornecimento de suprimentos de saúde, caso a transportação dos produtos continue impedida ou irregular devido às manifestações antidemocráticas. Para evitar o risco, é necessário o imediato restabelecimento do transporte, afirma a Agência.

O órgão apontou ainda um “cenário sanitário ainda com incertezas”, já que diversas enfermidades estão desafiando o país, gerando a necessidade de medidas efetivas. Devido a isso, a Anvisa afirmou que é imprescindível “assegurar o ir e vir de pessoas e cargas, como fator sustentador de uma oferta constante e fluida de produtos e serviços de saúde”.

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PNAB e o SUS: importância, diretrizes e muito mais

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^{*com informações do Estadão}

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