Novo arcabouço fiscal propõe limites de gastos e gatilhos para o cumprimento das metas fiscais, com possíveis sanções
Victor Meira Publicado em 16/05/2023, às 11h40
O deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA), relator da proposta enviada pelo governo, apresentou alterações no texto do novo arcabouço fiscal, que será votado nas próximas semanas pela Câmara dos Deputados. Essa proposta tem o objetivo de substituir o atual "teto de gastos". O JC Concurso explica de forma simplificada as principais mudanças e o contexto da nova regra.
Segundo Cajado, a nova versão da proposta conta com gatilhos e sanções para garantir o cumprimento das metas fiscais. Veja abaixo as principais características do texto:
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Além disso, o texto prevê a utilização de gatilhos como mecanismos para conter despesas quando estas ultrapassarem certos limites. Veja quais são eles:
No primeiro ano de descumprimento das metas, ficará proibida a criação de cargos, alteração de estrutura de carreira, criação ou aumento de auxílios, criação de despesas obrigatórias, reajustes acima da inflação, ampliação de subsídios e concessão de benefícios tributários.
No segundo ano de descumprimento, novas proibições serão acrescentadas, como aumento de salários e restrições à admissão e contratação de pessoal, exceto para reposição de cargos vagos.
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É importante ressaltar que o descumprimento das metas fiscais não será considerado crime, mas o descumprimento dos contingenciamentos e dos gatilhos já é uma infração à Lei de Responsabilidade Fiscal, sujeita a punição.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitou ao relator que o reajuste real do salário mínimo, ou seja, com aumento acima da inflação, fique fora das regras de contenção de despesas.
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