O ministro da economia, Paulo Guedes, destaca que a aprovação da PEC dos Precatórios é importante para abrir um espaço fiscal para financiar o Auxílio Brasil
Victor Meira | victor@jcconcursos.com.br Publicado em 01/11/2021, às 09h29 - Atualizado às 09h32
O ministro da Economia, Paulo Guedes, indica a aprovação da PEC dos Precatórios (Proposta de Emenda à Constituição) é o único plano do governo federal em financiar o Auxílio Brasil com o valor de R$ 400. Ele ainda argumenta que a PEC é necessária para abertura de espaço fiscal para o programa social. A afirmação de Guedes foi feita durante a reunião do G20 (grupo dos 20 países mais ricos do mundo), em Roma, na Itália, no último domingo.
“Nós estamos trabalhando com plano A. A aprovação da PEC dos Precatórios. Ela é importante porque abre espaço fiscal para o programa de assistência social. Esse é o nosso plano. Nós acreditamos que o Congresso vai aprovar, exatamente porque permite o financiamento dos programas sociais do governo”, declarou Guedes em entrevista a jornalistas.
Apesar de defender apenas o plano A, que seria a aprovação da PEC dos Precatórios, Guedes não quis comentar sobre o comentário do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O chefe do Executivo brasileiro disse que está preocupado com a demora da aprovação do texto no Congresso e que, por isso, já estaria preparando um plano B.
O presidente fez uma analogia dessa situação com a de um paraquedista, em que se o paraquedas principal falhar, ele deve utilizar o equipamento alternativo. Além disso, Bolsonaro destaca que o mercado financeiro precisa compreender que a aprovação da PEC dos Precatórios e um Auxílio de R$ 400 é bom para o Brasil.
O ministro da economia ainda comentou sobre a reação do mercado financeiro sobre a possibilidade de furar o teto de gastos com o Auxílio Brasil. Guedes afirmou que comportamento negativo do mercado é consequência da preocupação dos investidores com a articulação política.
O ministro defendeu mais uma vez a aprovação de reformas para demonstrar o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal.
“Imagino que há uma preocupação do mercado a respeito exatamente dessa capacidade de coordenação política para aprovar a PEC dos precatórios, porque é exatamente a PEC dos precatórios que nos dá o espaço para as políticas sociais”, relatou Guedes.
Em relação às reformas, o ex-banqueiro justifica que a aprovação das reformas é um movimento que revelaria a preocupação do governo com a questão fiscal. Na avaliação do ministro, o aumento temporário dos gastos foi necessário para enfrentar a pandemia de covid-19.
“O teto é um símbolo de um duplo compromisso. De um lado, não faltou dinheiro para a saúde. O Brasil gastou 10% a mais do que a média dos países avançados para combater a pandemia e gastou o dobro do que os países emergentes gastaram. Não obstante isso, o Brasil foi um dos países que menos se endividaram, exatamente porque nós, o tempo inteiro, tentamos, nas outras despesas, respeitar o teto e seguir com as nossas reformas estruturantes”, concluiu Guedes.
*com informações da Agência Brasil
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