Em comparação com o mês de março do ano passado, o crescimento da venda de veículos novos foi de acima de 30%
Victor Meira Publicado em 04/04/2023, às 16h13
A venda de veículos novos cresce 21% no primeiro trimestre de 2023, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Foram emplacados 878.817 carros no período, um aumento em relação às 726.272 unidades vendidas no mesmo período do ano passado.
Em março, a comparação mensal mostra um crescimento de 33,4% em relação ao mesmo mês de 2022. Já em relação a fevereiro, o aumento foi de 48,7%, com um total de 365.012 unidades vendidas em março, contra 245.393 unidades em fevereiro.
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Andreta Jr, presidente da Fenabrave, aponta que o aumento percentual ainda não representa uma recuperação para os níveis obtidos antes da pandemia em 2019. Ele cita a diferença de dias úteis entre março e fevereiro e o baixo resultado nas vendas do primeiro trimestre do ano passado como fatores potencializadores da alta global.
No segmento de automóveis e comerciais leves, foram emplacadas 436.802 unidades no trimestre, representando uma elevação de 16,6%. Em março, foram vendidas 186.583 unidades, um aumento de 38,3% em relação ao mesmo mês do ano passado e 55,7% em relação a fevereiro.
Já o grupo de ônibus e caminhões registrou 38.824 unidades emplacadas, um aumento de 12,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Em março, o aumento foi de 3,84% em relação ao mesmo mês de 2022, com um total de 12.326 unidades vendidas. Em relação a fevereiro, o aumento foi de 21,6%.
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Mesmo com o boom de venda de veículos novos, ainda não há nenhum sinal de que os preços dos novos veículos irão cair. Pelo contrário, ao que tudo indica os preços devem continuar no mesmo patamar. u
Um levantamento realizado pela consultoria Jato aponta que o preço médio dos carros novos vendidos no Brasil em 2022 foi de R$ 130.851.
Para efeito de comparação, em 2017, o preço médio dos preços dos carros novos era de R$ 70.877. Houve um aumento de 4,8% para 2018 (R$ 74.313) e de mais 2,8% em 2019 (R$ 76.430).
Além disso, mesmo com o resultado, o próprio presidente da Anfavea recomendou cuidado por conta do cenário macroeconômico desafiador.
“Alto endividamento das famílias, aumento da inadimplência, além da alta de juros e seletividade de crédito por parte das instituições financeiras. Tudo isso vem restringindo a demanda por parte do consumidor, que vem perdendo seu poder de compra”, alerta Andreta Jr.
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