Como negociar dívidas com o aumento de juros no Brasil? Veja dicas do Serasa

Mais de 63 milhões de brasileiros estão endividados no país, segundo a Serasa; saiba como negociar dívidas e iniciar o ano com o orçamento mais equilibrado

Mylena Lira | redacao@jcconcursos.com.br   Publicado em 07/01/2022, às 22h13 - Atualizado às 22h15

Divulgação

Com o aumento da inflação, o Banco Central fez diversos ajustes na taxa básica de juros, a Selic, nos últimos tempos. Para efeito de comparação, ela foi de 2% em março para 9,25% ao ano em dezembro de 2021. A elevação da taxa Selic reflete no aumentos dos juros pelos bancos. Diante desse cenário, o endividamento do brasileiro subiu.

A melhor alternativa para quem está com a situação financeira complicada é tentar negociar as dívidas para evitar entrar numa bola de neve de boletos pendentes. O número de inadimplentes no Brasil atingiu 63,4 milhões em outubro do ano passado, conforme o último levantamento feito pela Serasa Experian.

Estar inadimplente, em resumo, significa ter débitos vencidos em aberto por falta de pagamento. Abaixo, listamos algumas dicas que podem ajudar a sair do sufoco financeiro e começar o ano de 2022 com o orçamento mais equilibrado. Confira:

Como negociar minhas dívidas?

Primeiro, comece fazendo listas para ajudar na organização do orçamento. Como sugestão, relacione tudo o que você deve em cartões de crédito, empréstimo, financiamento, cheque especial, carnês e boletos. Na sequência:

Estratégia para se livrar das dívidas

Antes de fazer a negociação com o credor, defina um limite possível de ser utilizado para quitar as dívidas. Não assuma um compromisso que não está dentro das suas condições financeiras.

Assim, não se comprometa a parcelar o cartão de crédito em parcelas de R$ 800, por exemplo, caso esse valor pese no seu bolso, pois não cumprir o acordo e deixar de pagar a fatura poderá gerar consequências mais onerosas.

Argumente antes de aceitar a proposta da financeira para tentar conseguir um desconto maior ao pagar à vista ou mesmo juros mais baixos no parcelamento do débito.

Se restar alguma dúvida, não decida por impulso. Peça para que a proposta de negociação seja feita por escrito. Leve para casa, discuta com seu companheiro ou companheira, e feche o acordo depois. Nada o impede de apresentar uma contraproposta.

As dívidas somem quando a pessoa morre?

No falecimento, as dívidas não deixam de existir. Elas precisam ser inventariadas e incluídas no espólio. Os herdeiros respondem pela dívida, até o limite da herança. Se esse for o seu caso, fale com um advogado, que poderá orientar a família em relação ao pagamento das dívidas.

Saiba como evitar novas dívidas

Aceitar crédito fácil de algumas instituições finaneiras pode ser tentador, mas resista. Esse crédito costuma vir com taxas maiores. 

Sabe aquela planilha financeira que criou no início? Mantenha ela sempre atualizada e busque equilibrar despesas e receitas, cortando os excessos. Lembre que a fatura do cartão de crédito sempre chega e que o limite total disponível não corresponde, em regra, ao salário que se recebe.

Fazer uma resarva de pelo menos 5% da sua renda mensal para imprevistos, mesmo enquanto paga dívidas, é outra boa dica. Evite fazer novas dívidas quando entrar dinheiro extra como 13º ou rescisão de emprego. Esse dinheiro a mais pode ser investido ou utilizado para quitar dívidas já existentes, à vista, com desconto maior.

Como se livrar do nome sujo?

Quando não se paga a dívida e o débito fica em aberto, o CPF do devedor pode ser negativado junto às empresas de proteção ao crédito, como o SPC e a Serasa Experian. É assim que a pessoa fica com o nome sujo, como se fala popularmente.

Mesmo que chegou a esse ponto consegue limpar o nome e voltar a ter uma vida financeira saudável. É possível negociar as dívidas de forma online no site da Serasa. Basta acesar o "Serasa limpa nome", digitar o número do CPF e conferir quais são as cobranças em aberto. Depois, escolha a melhor opção e conclua o acordo. Lembre de pagar o boleto em dia para conseguir limpar o nome sujo.

Quem não regulariza a situação permanece com o nome negativado por cinco anos. Após esse período, o devedor não terá mais o nome sujo no sistema da Serasa, mas continuará com a dívida pendente na empresa credora. Assim, a dívida não vai caducar depois de cinco anos.

*com informações da Serasa Experian

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