Greve no Banco Central: servidores serão recebidos pelo Ministério da Economia nesta terça

A greve no Banco Central começou na sexta-feira (1º). Esta será a primeira reunião com um representante do governo federal desde as primeiras mobilizações

Pedro Miranda* | redacao@jcconcursos.com.br   Publicado em 04/04/2022, às 17h33

Agência Brasil

A greve no Banco Central (BC) segue firme e os servidores do órgão serão recebidos nesta terça-feira (5) pelo Ministério da Economia para negociações sobre as exigências impostas pela categoria para o retorno das atividades. Esta será a primeira reunião com representação do governo federal desde o mês de fevereiro, quando as primeiras mobilizações para o reajuste salarial e reforma de carreiras começaram a ser feitas.

O encontro será com o secretário de Gestão de Pessoas pelo Ministério da Economia, Leonardo Sultani. O presidente do Sindicato dos Servidores do BC (Sinal), Fábio Faiad, disse que quer a apresentação de uma proposta oficial por parte do governo. “Se não houver proposta oficial, a nossa resposta deve ser a manutenção e a intensificação da greve”, destacou.

As negociações entre os funcionários públicos do BC e o governo estão em andamento desde o início do ano, mas nada aconteceu. Uma série de paralisações e movimentos pontuais ocorreram antes da greve ser declarada, aprovada em assembleia na segunda-feira 28 de março e iniciada na sexta-feira 1º de abril.

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Paralisação em curso já conta com 60% de adesão dos servidores

As operações de transação via Pix e impressão de cédulas e moedas podem ser afetadas, pois não fazem parte da lei de serviços essenciais. Além do atendimento ao cliente, o boletim Focus e de diversas taxas, o monitoramento e a manutenção do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e da mesa de operações do Demhab também serão afetados pela greve no Banco Central.

Além dos servidores, cerca de 725 comissionados já haviam entregado os cargos até a manhã desta segunda-feira (4), o que provocou uma interrupção no desempenho das atividades do BC. No entanto, a entrega dessas posições não foi publicada no Diário Oficial.

Fábio Faiad apontou a ação como uma manobra da diretoria do BC para “segurar” a publicação das portarias de descomissionamento. Ele disse que a publicação desses regulamentos será cobrada junto a pasta durante a reunião.

*Estagiário sob supervisão do jornalista Jean Albuquerque

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