A intenção do ministro da Economia, Paulos Guedes, é diminuir as tensões entre governo e os servidores públicos, que prometem greve, se o reajuste salarial for apenas para área policial
Victor Meira - victor@jcconcursos.com.br Publicado em 22/02/2022, às 15h02
O ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda tenta convencer o presidente Jair Bolsonaro de frear a intenção dele de reajustar os salários dos servidores. Por isso, o ex-banqueiro propôs a concessão de um benefício com R$ 400 mais na remuneração, que seria incorporado no Vale-Alimentação, para diminuir a insatisfação dos funcionários públicos. A informação foi publicada pelo blog da jornalista Carla Araújo do portal UOL.
Oferecer R$ 400 para servidor federal seria uma opção, visto que este benefício trabalhista não sofre tributação do Imposto de Renda. Segundo o blog, a medida seria considerada de baixo impacto para a elite do funcionalismo, mas poderia apresentar um aumento de até 10% para uma boa parte dos servidores, que ganham até R$ 4 mil.
A justificativa para essa medida, proposta por Guedes, é que o presidente concederia uma aumento linear para todos os servidores públicos. Além disso, os gastos não ultrapassariam o limite do teto e não cometeria injustiças com base da pirâmide do funcionalismo.
Outro motivo para o ministro da Economia pedir tal medida foi um aviso que ele teria recebido de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmando que não via com bons olhos o reajuste salarial para apenas uma categoria de profissionais. Caso isso fosse feito, o judiciário reagiria ao aumento da remuneração.
De acordo com o blog, na semana passada, representantes da Fenajufe (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União) se reuniram com o presidente do STF, Luiz Fux, para conversar sobre um possível reajuste. No encontro, a categoria dos trabalhadores do Judiciário —que não inclui juízes — comentou que não aceitaria um aumento somente para os servidores do Executivo e iriam exigir.
Com isso, Guedes teria repassado o recado para Bolsonaro e comentado com pessoas próximas a ele de que o presidente tomaria a decisão correta.
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