O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirma que é preciso saber o momento certo para pedir um reajuste salarial
O ministro da Economia, Paulo Guedes, comentou sobre a polêmica dos reajustes salariais para os servidores públicos. De acordo com ele, o governo deve entrar em um ambiente populista e oferecer um aumento salarial para todo mundo devido a melhora do desempenho das contas públicas. A declaração foi realizada durante a CEO Conference, promovida pelo Banco BTG Pactual, nesta terça-feira (22).
“Nós [servidores públicos] temos estabilidade, estamos em home office e vamos pedir aumento de salários com o Brasil sofrendo as consequência da pandemia?”, questiona Guedes sobre o movimento da articulação de sindicatos para pedir aumento salarial.
O ex-banqueiro relata que é necessário ter paciência e saber o momento certo para exigir tal pauta. Ele reforça que após a pandemia pode pensar em um possível aumento salarial. “Quando acabar a crise da saúde e diminuir os gastos no setor, então podemos fazer reajustes salariais.”
Segundo Guedes, a responsabilidade fiscal também está relacionada aos processos de privatização. Ele disse que a privatização dos Correios, Eletrobras, Porto de Santos e aeroportos estão bem encaminhadas.
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O ministro de Bolsonaro argumenta que elas são necessárias para reduzir os preços das dívidas das estatais e aumentar o número de investimentos nos setores em que essas empresas atuam. Visto que o Estado brasileiro não tem condições financeiras de fazer milhares de aportes em diversas áreas.
Além disso, o ministro justifica que as desestatizações podem gerar recursos para financiar a distribuição de renda, com políticas sociais, como o Auxílio Brasil. Ele ainda exalta o programa de transferência de renda por ter o dobro do valor da gestão passada.
Guedes destacou que o Brasil está passando por uma revolução silenciosa no campo econômico, com ajuste fiscal e um calendário de reformas e privatizações em alta. Mas o barulho político atrapalha a comunicação e o reconhecimento do trabalho.
O ministro explica que as reformas promovidas pelo governo com o objetivo de tornar o Estado mais eficiente, através das privatizações e ajustes fiscais, promoveram um superávit fiscal de R$ 64 bilhões após sete anos de déficit.
Apesar disso, ele reclama da falta de “honestidade intelectual” dos críticos do governo ao analisar os dados econômicos atuais do Brasil. Visto que o mundo sofreu uma das piores crises de saúde dos últimos 100 anos e a pior recessão econômica desde a Grande Depressão, em 1929.
Por isso, não há margem de comparação entre alguns dados atuais e de outros governos. Mas ainda assim, o Ministério da Economia faz um bom trabalho, com a expectativa do PIB (Produto Interno Bruto) crescer até 1,5% neste ano. Ele ainda ressalta que “os pessimistas vão errar de novo”.
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