Dívida pública corrigida pelos índices de preços pode chegar a uma proporção entre 27% e 31%, que no momento, está em 29,3%; governo diz ter reservas internacionais suficientes para pagar déficit
JEAN ALBUQUERQUE | REDACAO@JCCONCURSOS.COM.BR Publicado em 27/01/2022, às 15h13
A inflação pode levar a dívida pública a ultrapassar os 6 trilhões em 2022, de acordo com informações divulgadas nesta quarta-feira (26) pela Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Economia, que apresentou o PAF (Plano Anual de Financiamento) da dívida pública para este ano.
Para tentar conter o crescimento da dívida pública, o Governo Federal tem criado algumas metas. Neste caso, será criado um espaço para diminuir a fatia de títulos prefixados; aqueles com taxas de juros fixas e definidas antecipadamente.
Além do aumento da participação dos papéis, que são corrigidos pela taxa Selic — juros básicos da economia. Essas iniciativas poderiam atrair os investidores aos títulos vinculados à Selic, que tem como perspectiva atingir dois dígitos na próxima semana com a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central.
A dívida pública corrigida pelos índices de preços pode chegar a uma proporção entre 27% e 31%, que no momento, está em 29,3%. Ao considerar a correção pelo câmbio, a dívida externa pode encerrar o ano entre 3% e 7%, o percentual atual é de 5%. Esses números não levam em consideração as operações de compra e venda de dólares no mercado futuro pelo Banco Central, que podem interferir no resultado.
A parcela da DPF vinculada à Selic pode subir para um número entre 38% e 42%, que atualmente está em 36,8%. No caso da fatia dos títulos, eles podem encerrar o ano entre 24% e 28%, contra 28,9% registrados atualmente.
O governo tem um prazo para cumprimento da dívida, que abriu margem para aumento com o Plano Anual de Financiamento em 2021, tendo prazo médio de 3,8 anos e de 4,2 anos no fim de dezembro.
De acordo com o Tesouro, o governo possui dois mecanismos de segurança no sentido de garantir a capacidade de financiamento nos casos de crise econômica que impossibilitem o Tesouro de lançar títulos no mercado. Em contrapartida, a governo reservas internacionais que são suficientes para conseguir pagar os da dívida pública externa em 2022, totalizando o valor de R$ 16,9 bilhões.
Além disso, é por meio do déficit das contas públicas, que o Tesouro Nacional emite títulos públicos para conseguir dinheiro com investidores e honrar os compromissos financeiros.
Em contrapartida, há o comprometimento de devolver ao longo de alguns anos, os recursos com algum rendimento. Nesses casos, a correção usada para as operações pode seguir a taxa Selic, quando o juros é o básico da economia, a inflação, o câmbio ou ser prefixada com antecedência.
*Com informações da Agência Brasil
+++Acompanhe as principais informações sobre os benefícios sociais no JC Concursos.
Sociedade Brasil