O percentual de famílias brasileiras que encerrou o ano endividadas bateu recorde em 2022: 80%. Saiba como saber se o seu nome está sujo e por quanto tempo a situação perdura
Mylena Lira Publicado em 22/01/2023, às 22h27
O percentual de famílias brasileiras que encerrou o ano endividadas bateu recorde em 2022, desde que a Confederação Nacional do Comércio (CNC) começou a pesquisar o assunto. Segundo a CNC, 80% das famílias fecharam o ano anterior com dívidas, sendo que 17% estavam devendo muito. Você sabe conferir se está com o nome sujo?
A consulta pode ser feita de maneira simples e sem sair de casa, bastando ter o número do CPF e acesso à internet. Mas antes de explicar o passo a passo, vale esclarecer o que significa estar com o nome sujo - o que só acontece após a empresa credora notificar sobre a pendência financeira.
Em linhas gerais, a pessoa que não cumpre com os seus compromissos finaneiros até a data de vencimento da cobrança se torna inadimplente. Quando não se paga a dívida e o débito fica em aberto, o CPF do devedor pode ser negativado junto às empresas de proteção ao crédito, como o SPC e a Serasa Experian. Ser negativado corresponde a estar com o nome sujo, como se diz popularmente.
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Descobrir se o CPF foi negativado é fácil. A Serasa Experian permite a consuta de forma online e gratuita em seu site ou aplicativo, disponível no Google Play e na App Store.
A plataforma mostra se tem dívidas negativadas e mostra detalhes sobre o débito, como a data da negativação, valor pendente e dados da empresa credora. Siga o passo a passo:
O nome permanece negativado por cinco anos. Após esse período, o devedor não terá mais o nome sujo no sistema da Serasa, mas continuará com a dívida pendente na empresa credora. Assim, a dívida não caduca depois de cinco anos.
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O governo federal vai criar um programa para atender as pessoas endividadas, entre elas as que contraíram empréstimo consignado oferecido pelo Auxílio Brasil em 2022, visando trazer os inadimplentes de volta à economia.
De acordo com o ministério, a estimativa é de que sejam atendidas 80 milhões de pessoas inadimplentes, sendo cerca de 3,5 milhões de pessoas endividadas com o consignado e que recebem o Auxílio Brasil. Até o momento, não há detalhes sobre como vai funcionar esse novo programa.
O diretor de Economia e Inovação da CNC, Guilherme Mercês, afirmou que é importante que sejam adotadas medidas que possibilitem uma redução nos juros e na inflação, com uma nova âncora fiscal para a gestão das contas públicas.
Já o presidente da CNC, José Roberto Tadros, destacou que a pandemia reverteu a tendência de queda no endividamento que era registrada até 2019, especialmente entre os mais pobres. Segundo ele, os “efeitos perversos” da pandemia, com o fechamento de negócios e o aumento do número de desempregados, e no pós-pandemia, o avanço da inflação, fez com que as famílias com rendas mais baixas precisassem recorrer ao crédito para manutenção do consumo de primeira necessidade.
*com informações da Agência Brasil
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