Empresas no Reino Unido que participaram do teste da semana com apenas quatro dias de trabalho planejam adotar modelo permanente; Saiba mais
Jean Albuquerque Publicado em 25/06/2023, às 11h40
As empresas no Reino Unido que participaram do teste da semana de trabalho de quatro dias estão satisfeitas com os resultados obtidos. De acordo com o estudo realizado pela organização de pesquisas Autonomy, 92% das empresas que participaram do teste planejam adotar permanentemente esse esquema.
O teste foi conduzido em um total de 61 empresas, abrangendo aproximadamente 3.300 pessoas, principalmente no setor de tecnologia. A maioria das empresas concluiu que a produtividade foi mantida durante a semana reduzida, enquanto os funcionários relataram significativas melhorias no bem-estar e equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
Além do Reino Unido, outros países europeus, como Portugal e Bélgica, também estão realizando testes semelhantes. A tendência de implementar a semana de trabalho de 4 dias está ganhando popularidade e sendo considerada uma abordagem promissora para melhorar a qualidade de vida dos funcionários e impulsionar a eficiência nas empresas.
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No Brasil, começou a ser realizado um experimento entre junho e dezembro de 2023 para analisar o impacto da jornada de trabalho de quatro dias por semana no país. Essa iniciativa é fruto de uma parceria entre a 4 Day Week, uma organização global sem fins lucrativos dedicada a estudos sobre a redução da carga horária, e a Reconnect Happiness at Work, uma organização brasileira.
Durante os meses de junho e julho, a Reconnect estará fornecendo informações sobre o programa para todas as empresas interessadas em participar no Brasil. Não há requisitos mínimos, como número de funcionários. Para ter acesso ao suporte, basta preencher um formulário disponível no site https://www.4dayweek.com/contact.
As empresas podem se inscrever para iniciar o experimento em agosto e começarão a se preparar para adotar o modelo em setembro. Haverá um custo para participar do estudo, que ainda não foi definido.
O modelo a ser implementado pelas empresas participantes será conhecido como 100-80-100: os funcionários receberão 100% do salário, trabalhando 80% do tempo, mantendo, no entanto, 100% da produtividade.
Ao final do experimento, serão avaliados indicadores como o nível de estresse dos colaboradores, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, resultados financeiros e taxa de rotatividade.
A metodologia do projeto foi elaborada pela Universidade de Boston, nos Estados Unidos. A instituição será responsável pela pesquisa prévia ao início do experimento, bem como pelas análises após três meses de implementação e ao final do piloto.
Com isso, espera-se obter dados precisos para as empresas poderem decidir se continuarão com a semana de quatro dias. O piloto terá foco em pequenas e médias empresas do setor industrial, nas quais de 25% a 30% dos funcionários trabalharão pelo menos 10% menos horas.
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