Presidente Lula (PT) determinou substituição de servidores do GSI ligados a gestão do então presidente Bolsonaro após imagens liberadas do 8 de janeiro
Jean Albuquerque Publicado em 25/04/2023, às 15h47
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou a substituição de servidores do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) ligados a gestão do então presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação foi confirmada pelo ministro interino Ricardo Cappelli, em entrevista ao UOL.
"Recebi do presidente Lula a determinação de acelerar essas renovações. É o que farei a partir de amanhã", disse Capelli ao portal. Ele ainda ressaltou que o presidente Lula (PT) não irá desmilitarizar o GSI.
O ministro interino ainda afirmou que é importante não alimentar um falso antagonismo entre civis e militares. "A segurança do presidente sempre foi liderada por militares, em perfeita harmonia com civis e participação da Polícia Federal. Não há nenhuma orientação do presidente Lula no sentido de desmilitarização do GSI".
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Cappelli, temporariamente no comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), afirmou que é natural que um general continue liderando o órgão, que foi comandado por generais do Exército por mais de 85 anos.
O nome provável para assumir o cargo é o do general Marcos Antônio Amaro dos Santos, que já expressou sua disposição em aceitar o convite. Embora não conheça pessoalmente o general Amaro, Cappelli vê com naturalidade sua possível nomeação.
Quando questionado se assumiria o comando definitivo do GSI, Cappelli preferiu não comentar, dizendo que sua missão atual é apenas assumir interinamente o cargo designado pelo presidente. O general Amaro já liderou a Casa Militar (antigo nome do GSI) durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
As novas imagens da invasão golpista de 8 de janeiro ao Palácio do Planalto, em Brasília, foram liberadas no fim de semana por ordem do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Morais.
Elas mostram falhas na segurança e um membro do GSI interagindo com os golpistas. "Foi quase um milagre a gente ter ultrapassado o dia 8 sem que o pior acontecesse, sem que nós tivéssemos um cadáver. Essa poderia ser a consequência de um enfrentamento mais grave", afirmou o ministro em entrevista ao UOL.
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