De acordo com Guedes, dentre os fatores que dificultaram os planos de privatizações do governo foram os esforços para aprovar a reforma da previdência e a pandemia de covid-19
Redação Publicado em 27/10/2020, às 08h20
Na noite da última segunda-feira (26), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que os acordos políticos dificultam os processos de privatizações. Guedes ainda destaca que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem cobrado a privatização de diversar empresas estatais, mas a "engrenagem" não permite avançar as pautas. As afirmações foram realizadas durante um evento organizado pelo Academia Brasileira de Direito Constitucional.
“Não conseguimos até agora privatizar empresas. Há acordos políticos que dificultam, há uma mentalidade cultural equivocada”, afirma Guedes. “O presidente tem cobrado [privatizações]. Por alguma razão, a engrenagem política não tem permitido que essas privatizações aconteçam.”
De acordo com Guedes, devido as demandas e esforços para aprovar a reforma da Previdência e no foco na reforma do pacto federativo, as privatizações não foram prioridade no início do mandato do governo Bolsonaro. Além disso, com a pandemia de coronavírus, os esforços foram dedicados para combater à covid-19.
Apesar dos atrasos provocados pela pandemia, o ministro da economia afirmou que o governo conseguiu aprovar projetos que pretendem destravar o investimento, como o novo marco regulatório do saneamento. Guedes ainda salienta que as iniciativas em tramitação no Congresso, como a liberalização dos mercados de gás natural, petróleo, cabotagem, setor elétrico e ferrovias, e devem facilitar as privatizações.
Para o ministro, a recuperação do consumo, em boa parte propiciada pelo auxílio emergencial, conseguiu segurar a economia, mas o Brasil só voltará a crescer com uma onda de investimentos.
*trechos com reprodução da Agência Brasil