Pesquisa acredita que o número é ainda maior do que o registrado. A busca principal é por profissionais brasileiros da área de tecnologia
Victoria Batalha Publicado em 29/03/2023, às 11h01 - Atualizado às 11h11
Conforme dados de um levantamento realizado pela fintech, Husky, o número de brasileiros que trabalham de forma remota para empresas estrangeiras teve um aumento de 491% entre os anos de 2020 e 2022. Em 2020, a empresa tinha registrado 1.251 usuários, em novembro de 2022, o número aumento para 11.284 usuários.
Um dos principais motivos que fizeram esse aumento de usuários é devido à pandemia da Covid-19, que permitiu que o trabalho remoto se tornasse ainda mais popular. Mesmo que agora, o número de empresas adotando esse modelo esteja diminuindo e muitos profissionais estejam retornando ao trabalho 100% presencial.
Porém, muitas outras empresas e profissionais continuam vendo vantagens nesse modelo de trabalho, principalmente porque permite novas formas de trabalho e jeitos de contratar diferentes profissionais de qualquer localidade.
Segundo a Husky, teve um crescimento da procura de empresas estrangeiras por profissionais brasileiras, com destaque para a área de tecnologia. Para o cargo de desenvolver de software, teve um aumento de 84% de vagas abertas durante esse período. A Husky ainda acredita que o número de profissionais brasileiros trabalhando para fora deve ser maior, já que não são todos que utilizam os serviços da plataforma.
A Husky também publicou uma pesquisa em 2020 para poder compreender o perfil das pessoas que trabalham de forma remoto. 59% dos entrevistados responderam que os horários flexíveis, é o melhor benefício. 76,8% também disseram que trabalhar de casa é mais vantajoso, já que o tempo que seria gasto com deslocamento permite que façam outras atividades.
Mesmo que trabalhar para empresas estrangeiras de casa seja vantajoso, é importante que o profissional fique atento as vagas, já que a maioria são para PJ e não possuem nenhum benefício da CLT, como 13º ou férias. Nem mesmo acesso ao seguro desemprego em caso de demissão.