A aprovação pela Anvisa do medicamento para tratamento da Covid-19 levou em consideração a venda ao mercado privado de referência, como EUA, Japão e Reino Unido
Pedro Miranda Publicado em 23/12/2022, às 18h27
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a venda do medicamento para o tratamento da Covid-19, Lagevrio (molnupiravir). Inicialmente, o medicamento era vendido apenas em hospitais públicos, mas a Anvisa decidiu permitir a venda para o mercado privado em votação unânime na última quinta-feira (22). A rotulagem deve incluir instruções em inglês, mas a bula poderá ser acessada em português nos sites institucionais da MSD Brasil.
Além disso, um código QR pode ser encontrado no rótulo do produto que o levará ao site da empresa com acesso às bulas traduzidas. Uma cópia de uma receita de controle especial é necessária para qualquer venda em uma farmácia. A receita deve ser passada por um profissional médico, que deve orientar o paciente sobre o modo de uso do medicamento.
A Anvisa explicou em nota que a aprovação levou em consideração a venda do medicamento ao mercado privado em outros países com autoridades internacionais de referência, como Estados Unidos, Japão e Reino Unido. “A medida também considerou o cenário epidemiológico atual, com a circulação das novas sub variantes da Ômicron e o aumento de casos da doença no país”, diz.
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A diretora relatora, Meiruze Freitas, disse que a venda no mercado privado irá aumentar a facilidade de acesso ao tratamento da Covid-19, pois o medicamento deve ser tomado dentro de cinco dias após o início dos sintomas.
Freitas destaca que para ajudar a prevenir a progressão da doença, hospitalização e morte, os antivirais para infecções respiratórias agudas devem ser administrados o mais rápido possível após o diagnóstico adequado da infecção. Entretanto, alertou que o medicamento não substitui a vacina contra a Covid-19.
“Reafirmo e enfatizo que os benefícios esmagadores da vacinação na proteção contra as formas graves e óbitos ocasionados pela Covid-19, superam em muito o risco das raras reações adversas relacionadas às vacinas aprovadas pela Anvisa”, acrescentou Meiruze Freitas à Agência Brasil.
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