OMS atualiza recomendações para vacinação contra o HPV; adesão no Brasil ainda é baixa

O Papilomavírus Humano (HPV) é um dos fatores de risco para desenvolvimento do câncer do colo do útero, além de ser uma das principais causas de morte de mulheres em todo o mundo. E ainda que as mulheres sejam as principais vítimas, o vírus não infecta apenas elas, os homens também correm riscos.

Por causa disso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) atualizou as recomendações para vacinação contra o HPV. Embora o uso de camisinhas também seja eficiente para prevenir a doença, a vacinação é importante para frear a incidência de casos. E a baixa adesão no Brasil a vacina preocupa as autoridades de saúde. De acordo com a consultora médica da Fundação do Câncer, Flávia Miranda Corrêa, são vários os motivos para o país ter índices tão baixos.

Ela explicou à Agência Brasil que anteriormente o foco havia sido colocado em evitar o vírus sexualmente transmissível, quando deveria ser para a prevenção do câncer. “Outra dificuldade é fazer a vacinação nas escolas no país e a terceira questão é mais relacionada ao movimento antivacinação que não é exclusivo no Brasil", afirma.

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O Brasil oferece vacina contra o HPV gratuitamente desde 2014

No Brasil, desde 2014, quando a vacina contra o HPV foi implementada no calendário nacional de vacinação, a imunização é feita com a vacina quadrivalente, oferecida de graça pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o Ministério da Saúde, a vacina contra o HPV é indicada para meninas e meninos de 9 a 14 anos.

Isso porque ela é altamente eficaz nos adolescentes dessa faixa etária não expostas aos tipos de HPV 6,11,16 e 18, induzindo a produção de anticorpos em quantidade muitas vezes maior do que a encontrada em infecção naturalmente adquirida num prazo de dois anos.

A época mais favorável para a vacinação é nesta faixa etária, de preferência antes do início da vida sexual, nesse sentido, antes da exposição ao vírus. O Brasil é um dos países que oferece a vacina para as faixas etárias mais extensas e foi um dos primeiros da América Latina a incorporar os meninos na vacinação.
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Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que o Programa Nacional de Imunizações está discutindo e aguardando a conclusão de novos estudos sobre a duração da imunidade com dose única e os discutirá no primeiro semestre de 2023.

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Jornalista em Multimeios. Repórter responsável por produzir matérias na editoria Sociedade no JC Concursos. Foi trainee de Jornalismo de Saúde do Estadão, estagiário no G1 Petrolina na TV Grande Rio e na Redação Virtual.