Os dados mostraram aumento de casos em todas as faixas etárias dos estados brasileiros. Será preciso cautela nas festas de fim de ano
Pedro Miranda Publicado em 22/12/2022, às 18h59
Nas últimas semanas tem sido bastante comum o relato de pessoas com sintomas gripais nas redes sociais. De acordo com o Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira (22), todas as regiões do Brasil registraram alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Os dados, que se referem ao período entre 11 e 17 de dezembro, mostraram aumento de casos em todas as faixas etárias, principalmente na população adulta. A maioria é de casos de Covid-19.
Segundo o comunicado, nas últimas quatro semanas epidêmicas, entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios, a prevalência foi de 1,7% para influenza A; 0,1% para influenza B; 8,3% para vírus sincicial respiratório (RSV) e 80,2% para SARS-CoV-2 (COVID-19). Entre as mortes, o mesmo vírus esteve presente em 1,7% das pessoas que contraíram influenza A; e 0,1% para influenza B; e 8,3% em VRS; e 80,2% no Sars-CoV-2 (Covid-19).
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O estudo mostra um aumento na tendência de pessoas com sintomas gripais de longo prazo, ou seja, nas últimas seis semanas, e uma estabilidade na tendência nas últimas três semanas. No entanto, manteve-se a desaceleração da curva nacional, o que, segundo a Fiocruz, pode ser atribuído ao declínio recente dos casos de SARS nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
Diante dessa situação, o coordenador e pesquisador do InfoGripe, Marcelo Gomes, aconselha cautela, principalmente para quem corre risco de sofrer casos graves. Segundo ele, o uso de máscaras adequadas deve ser mantido no transporte público, em espaços fechados ou mal ventilados e em áreas urbanas até que o cenário epidemiológico volte a um estado de baixa transmissão do Sars-CoV-2.
O boletim mostra que 20 das 27 unidades federativas apresentam crescimento moderado de SRAG na tendência de longo prazo: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.
Nesses estados, o aumento está presente na população adulta e nas faixas etárias acima de 60 anos, compatível com aumento de internações associadas à covid-19. Já nos estados da Paraíba, Rio de Janeiro e São Paulo, observa-se a queda no número de novos casos semanais.
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