O medicamento era importado, mas uma parceria do Bio-Manguinhos da Fiocruz com laboratório poderá integrar a produção completa; veja mais detalhes
Pedro Miranda Publicado em 09/08/2022, às 20h37
A partir deste mês o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz) fornecerá ao Sistema Único de Saúde (SUS) o biossimilar adalimumabe. O biofármaco é usado para tratar oito doenças no SUS e o instituto estima que 60 mil pacientes o utilizem em tratamentos.
Segundo Bio-Manguinhos, o adalimumabe é o produto com mais indicações para pacientes tanto com doenças reumatológicas quanto com doença de Crohn. O remédio é indicado para artrite reumatóide, espondilite anquilosante, artrite psoriática, psoríase, doença de Crohn, hidradenite supurativa e uveíte, bem como artrite idiopática juvenil.
Até então, o medicamento era importado, mas Bio-Manguinhos terá produção totalmente integrada graças a uma parceria com o laboratório alemão Fresenius Kabi, dono da tecnologia, e o laboratório privado nacional Bionovis. No primeiro ano de fornecimento, mais de 500 mil seringas do medicamento serão fornecidas ao SUS.
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O adalimumabe é o quinto produto da cesta de tratamentos para reumatologia no portfólio de Bio-Manguinhos, que já produz o infliximabe, o etanercepte, o golimumabe e o rituximabe. Além disso, ele é o segundo para doenças inflamatórias intestinais, após o infliximabe.
O reumatismo não acontece apenas com pessoas mais velhas. Qualquer pessoa (crianças, jovens e adultos) pode ser acometida por um certo tipo de reumatismo. Eles não dependem da cor da pele, sexo ou idade, e podem ser causados ou agravados por fatores genéticos, traumas, obesidade, sedentarismo, estresse, ansiedade, depressão e mudanças climáticas. Este grupo de doenças não é contagioso e muitas vezes é acompanhado de dor.
O cuidado e manejo das doenças reumáticas inclui diferentes tratamentos (o uso de práticas integrativas e complementares, exercícios, fisioterapia, etc.) e farmacoterapia (o uso de medicamentos). Portanto, é fundamental a combinação de serviços de saúde da atenção básica com os serviços de outros especialistas da Rede de Atenção à Saúde.
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