A prisão preventiva do policial aconteceu na cidade de Guarulhos.
A Polícia Federal (PF) efetuou, na última semana, a prisão de um policial rodoviário federal suspeito de estar envolvido em um esquema de fraude no Exame de Ordem Unificado, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
A prisão preventiva do policial aconteceu na cidade de Guarulhos, região da Grande São Paulo, e foi decretada pela Justiça Federal em Santos, após uma solicitação feita pela própria PF no relatório final do inquérito que investigava diversas irregularidades no exame da OAB.
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A ação, que contou com o apoio da Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal, é um desdobramento das investigações referentes à “Operação Tormenta”, desencadeada no mês de junho para investigar uma quadrilha especializada em fraudar concursos públicos que atuava em todo o Brasil.
O policial rodoviário detido na última semana já havia sido preso temporariamente no último dia 16 de junho, data em que a “Operação Tormenta”, da Polícia Federal, foi desencadeada. A Justiça também determinou, além do policial rodoviário, a prisão domiciliar de um advogado acusado de envolvimento com a quadrilha. No momento, o advogado encontra-se foragido.
Em seu último relatório, a Polícia Federal indiciou mais de 30 pessoas entre integrantes da quadrilha e candidatos que teriam sido supostamente beneficiados pelo esquema que provocou o vazamento do exame. Estas pessoas são acusadas pelos crimes de peculato, receptação, formação de quadrilha e estelionato.
A “Operação Tormenta” ganhou repercussão após ter sido desencadeada, fato que aconteceu apenas no mês de junho. No entanto, a Polícia Federal já trabalhava em sigilo na operação desde o mês de fevereiro. Na ocasião, foram detectados indícios de que 53 candidatos, após pagarem até R$ 180 mil, teriam se infiltrado na própria corporação (PF) com o objetivo de ter acesso ao caderno de respostas da prova de seleção para a PF.
Além do concurso da PF, foram detectadas irregularidades em outros concursos públicos. Entre eles, o da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), da Agência Brasileira de Investigação (ABI) e da Receita Federal, além é claro, da prova aplicada pela OAB. A quadrilha atuava nos principais concursos públicos em território nacional há mais de 16 anos.
Ronie Anderson/SP
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