123milhas cria site para credores após pedido de recuperação judicial

A empresa 123milhas lançou um site destinado a reunir informações dos consumidores lesados e com valores a receber de pacotes de viagem vendidos, mas não pagos. A criação do site atende a uma determinação da Justiça de Minas Gerais, que aceitou o pedido de recuperação judicial da companhia em 29 de agosto de 2023.

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Segundo comunicado da empresa, o site rj123milhas.com.br servirá como a plataforma oficial para os credores acompanharem as classificações e créditos atribuídos pelo grupo 123milhas no contexto da recuperação judicial.

No entanto, a companhia esclareceu que ainda não há um prazo definido para os credores verificarem seus créditos. “Após a publicação do link no Diário Oficial, o que depende de autorização judicial, os credores terão 15 dias corridos para checar os créditos e fornecer informações sobre divergências e habilitações em caso de não identificação dos créditos”, explicou a empresa.

A empresa também informou que, com a autorização judicial para a publicação do edital contendo o link, a administração judicial começará a receber informações sobre possíveis divergências e habilitações de credores que não encontram seus nomes e créditos na lista divulgada.

Além disso, a 123milhas destacou que, enquanto aguarda a autorização judicial para a publicação do link com a lista de credores, a juíza do caso deve marcar uma audiência com a administração judicial, o Ministério Público e o grupo 123milhas para garantir a continuidade do processo de recuperação.

A crise na 123milhas iniciou em 18 de agosto de 2023, quando a empresa suspendeu a emissão de passagens e pacotes da linha Promo, que oferecia preços mais baixos por não ter datas definidas de ida e volta, propondo ressarcir os clientes mediante vouchers.

Fundada em 2016 em Belo Horizonte pelos irmãos Ramiro e Augusto Madureira, a 123milhas se tornou o maior anunciante do Brasil em 2021, com um investimento de R$ 2,37 bilhões em publicidade. Em 29 de agosto de 2023, a empresa protocolou um pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, alegando que a medida visava assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com clientes, ex-colaboradores e fornecedores.

O pedido foi aceito pela 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte em 31 de agosto, e a empresa solicitou a suspensão de ações de credores e consumidores por 180 dias após a interrupção de serviços.

Em janeiro de 2024, a juíza Cláudia Helena Barbosa da 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte determinou a suspensão da recuperação judicial da 123milhas até a nomeação de novos administradores judiciais. A empresa também foi obrigada a detalhar as condições reais das empresas Lance Hotéis e MaxMilhas, incluídas na recuperação judicial em outubro do ano anterior.

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Jornalista em Multimeios. Repórter responsável por produzir matérias na editoria Sociedade no JC Concursos. Foi trainee de Jornalismo de Saúde do Estadão, estagiário no G1 Petrolina na TV Grande Rio e na Redação Virtual.