Última vez que a Fitch revisou a nota do Brasil foi em julho do ano passado, quando a classificação subiu de BB- para BB. Desde então, a nota e a perspectiva foram mantidas
A agência de classificação de risco Fitch reafirmou, nesta quinta-feira (27), a nota de crédito do Brasil em BB, mantendo o país duas classificações abaixo do grau de investimento. A perspectiva estável indica que não se esperam alterações na avaliação do país nos próximos meses.
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A última vez que a Fitch revisou a nota do Brasil foi em julho do ano passado, quando a classificação subiu de BB- para BB. Desde então, a nota e a perspectiva foram mantidas, com a última confirmação ocorrendo em dezembro.
Entre os fatores positivos mencionados pela agência para a manutenção da nota estão a diversificação econômica do Brasil, a alta renda per capita, as finanças externas robustas, a resiliência a choques econômicos e a baixa proporção da dívida em moeda estrangeira. No entanto, a Fitch também alertou para questões que limitam a nota do país, como o baixo crescimento potencial da economia, a rigidez orçamentária e a crescente dívida pública.
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A agência destacou a necessidade de continuidade nas reformas das despesas obrigatórias para reduzir o déficit público, mesmo após a aprovação do novo arcabouço fiscal. A Fitch ressaltou que as incertezas na redução dos grandes déficits orçamentários são uma vulnerabilidade macroeconômica significativa, afetando a confiança do mercado e a política monetária.
Para 2024, a Fitch projeta um déficit primário de 0,7% do PIB, enquanto o Ministério do Planejamento havia estimado um déficit de R$ 14,5 bilhões para este ano, o que representa 0,1% do PIB, dentro da margem de tolerância do déficit zero.
A Fitch observou que, sem receitas extraordinárias esperadas para 2024, as perspectivas fiscais a partir de 2025 são ainda mais incertas. O crescimento de algumas despesas obrigatórias indexadas exigirá uma compressão significativa das despesas discricionárias para cumprir os limites de gastos.
A Fitch Ratings, uma das três principais agências internacionais que avaliam a dívida pública brasileira, realiza classificações de risco de crédito (ratings) e grau de investimento de ativos financeiros emitidos por empresas e governos globalmente. Essas classificações são distribuídas em dois grandes grupos: especulativo e de investimento.
No grau especulativo, a nota mais baixa é D, indicando alto risco de inadimplência, seguida por C, CC e CCC. As notas BB-, BB e BB+ indicam uma categoria de especulação menos arriscada. No grau de investimento, as notas começam em BBB-, BBB e BBB+, chegando até AAA, a classificação de mais alta qualidade.
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