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Alerta saúde: três estados brasileiros devem ter epidemia de dengue em 2024

Saúde destacou a apreensão especial em relação a grupos que não foram afetados pela doença anteriormente. Maior parte da proliferação dos mosquitos da dengue são em depósitos em casa

Maior parte da proliferação dos mosquitos da dengue são em depósitos em casa
Maior parte da proliferação dos mosquitos da dengue são em depósitos em casa - Agência Brasil
Pedro Miranda

Pedro Miranda

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 08/12/2023, às 13h50 - Atualizado às 13h56

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O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (8) uma previsão preocupante: a região Centro-Oeste do Brasil deve enfrentar um nível epidêmico de dengue em 2024. A secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, destacou a apreensão especial em relação a crianças e idosos, grupos que não foram amplamente afetados pela doença em situações anteriores.

O alerta estende-se também à Região Sudeste, com ênfase nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, que apresentam potencial epidêmico para a dengue no próximo ano. No Sul, o Paraná foi classificado com um potencial muito alto de casos, enquanto no Nordeste, apesar do aumento previsto, espera-se que os números fiquem abaixo do limiar epidêmico. A secretária afirmou: "Vamos continuar monitorando de perto essas regiões."

O Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) revela uma situação alarmante, com 30,2% dos 4.976 municípios analisados classificados em alerta para a infestação do mosquito, e 3,7% em situação de risco. Apenas 65,9% obtiveram classificação satisfatória.

Maior parte da proliferação dos mosquitos da dengue são em depósitos em casa

Os dados mostram que, em 2023, 74,8% dos criadouros do mosquito da dengue estão nos domicílios, incluindo vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis, pingadeiras, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais e materiais em depósitos de construção.

O levantamento também destaca que depósitos de armazenamento de água elevados (caixas d’água, tambores, depósitos de alvenaria) e no nível do solo (tonel, tambor, barril, cisternas, poço, cacimba, cisterna) representam o segundo maior foco de procriação dos mosquitos, com 22%. Depósitos de pneus e lixo respondem por 3,2%.

A pesquisa, realizada por amostragem de imóveis e criadouros com água positivos para larvas de Aedes aegypti no âmbito municipal, destaca a necessidade urgente de ações preventivas e de conscientização da população para combater a proliferação do mosquito transmissor da dengue.

Conitec deve decidir até o fim do ano sobre incorporação da vacina contra a dengue ao SUS

A Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) deve decidir até o fim deste ano sobre a incorporação da vacina contra a dengue ao SUS. A medida está sendo avaliada com celeridade pelo governo federal, que visa disponibilizar o imunizante o mais rápido possível para a população brasileira.

A consulta pública sobre o tema foi aberta na quinta-feira (7) e vai até o dia 17 de dezembro. O objetivo é colher contribuições da sociedade civil sobre a incorporação da vacina. A Conitec já recomendou a incorporação da vacina inicialmente para localidades e públicos prioritários a serem definidos pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Essa definição deve considerar regiões de maior incidência e faixas etárias de maior risco para agravamento da doença. O preço da vacina é um dos principais desafios para a incorporação ao SUS. A fabricante, a empresa japonesa Takeda Pharma, ofereceu um desconto de 20% sobre o valor inicialmente proposto, de R$ 210 por dose.

No entanto, o valor ainda é considerado alto pelo governo federal. A Conitec deve analisar a proposta de redução de preço da fabricante e, caso seja aprovada, deve recomendar a incorporação da vacina ao SUS.

A incorporação da vacina contra a dengue ao SUS seria uma importante conquista para a saúde pública brasileira. A doença é endêmica no país e causa milhares de casos e mortes todos os anos. A vacina tem eficácia comprovada na redução da hospitalização e da gravidade da doença.

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