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Alimentos e saúde puxam alta no IPCA de abril

Artigos de residência e habitação registram deflação. Outros setores apresentam variações menores. A elevação pode representar desafios futuros para o controle inflacionário

Principais vilões desse aumento foram os alimentos e os gastos com saúde e cuidados pessoais
Principais vilões desse aumento foram os alimentos e os gastos com saúde e cuidados pessoais - Freepik
Pedro Miranda

Pedro Miranda

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 10/05/2024, às 11h18

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que monitora a inflação oficial no país, apresentou um aumento inesperado de 0,38% em abril deste ano, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (10).

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Embora a taxa tenha superado o registro do mês anterior, que foi de 0,16%, permaneceu abaixo do índice apurado em abril do ano anterior, que foi de 0,61%. No acumulado do ano, o IPCA já soma uma inflação de 1,8%. Nos últimos 12 meses, a taxa acumulada é de 3,69%, mantendo-se dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, entre 1,5% e 4,5%.

Os principais vilões desse aumento foram os alimentos e os gastos com saúde e cuidados pessoais. O grupo de despesas relacionado à alimentação e bebidas registrou um crescimento de 0,7% no mês, impulsionado por itens como mamão (22,76%), cebola (15,63%), tomate (14,09%) e café moído (3,08%).

Já no segmento de saúde e cuidados pessoais, houve uma elevação de preços de 1,16%, com destaque para os produtos farmacêuticos, que registraram um aumento de 2,84%, influenciados pela autorização de reajuste de até 4,5% nos preços dos medicamentos a partir de 31 de março.

Entre os medicamentos com maiores altas de preço estão os antidiabéticos (4,19%), os anti-infecciosos e antibióticos (3,49%) e os hipotensores e hipocolesterolêmicos (3,34%). Por outro lado, os artigos de residência e habitação apresentaram deflação no mês, com quedas de preços de 0,26% e 0,01%, respectivamente.

Os demais grupos de despesas mostraram as seguintes taxas de inflação: vestuário (0,55%), comunicação (0,48%), transportes (0,14%), despesas pessoais (0,10%) e educação (0,05%).

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