Os alimentos foram os principais vilões da inflação do mês de março, com destaque negativo para cenoura, tomate, frutas e batata inglesa
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), uma prévia da inflação oficial do Brasil, avançou 0,95% em março, ante o 0,99% do indicador registrado em fevereiro. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este é o maior aumento para um mês de março desde 2015, quando registrou 1,24%. Os dados foram divulgados, nesta sexta-feira (25), pelo IBGE.
Em relação ao IPCA-E, que informa a inflação trimestral, o índice fechou em 2,54%, acima do número registrado pelo mesmo período do ano passado, que foi de 2,21%.
O resultado acumulado da inflação dos últimos 12 meses foi de 10,79%, um pouco acima do indicador registrado em 10,76%.
O IBGE aponta que a inflação avançou em todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados. O principal destaque para o resultado de março foi o setor de alimentos e bebidas, cuja variação foi de 1,95%. Em segundo lugar, vem Saúde e cuidados pessoais, cujos preços subiram 1,30%. E fechando grupo dos setores que mais influenciaram o índice, vem Transportes, com alta de 0,75%. Os três juntos corresponderam a 75% do IPCA-15 de março.
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A alta dos alimentos foi impulsionada pelos aumentos dos preços de alimentos para consumo no domicílio (2,51%) por causa da influência de fatores climáticos, como estiagem no Sul e chuvas no Sudeste.
Dessa forma, disparou os preços da cenoura (45,65%), e altas expressivas nos preços do tomate (15,46%) e das frutas (6,34%). As altas atingiram ainda os preços da batata-inglesa (11,81%), do ovo de galinha (6,53%) e do leite longa vida (3,41%). Nas quedas, destaque para o frango em pedaços (-1,82%), cujos preços já haviam caído em fevereiro (-1,31%).
Em transportes, os preços da gasolina subiram 0,83%, o subitem de maior peso no IPCA-15, 6,40% do total. O aumento deve-se ao reajuste de 18,77% do combustível nas refinarias, em 11 de março. Além da gasolina, houve altas nos preços do óleo diesel (4,10%) e do gás veicular (5,89%).
Entretanto, o etanol foi a exceção, com queda de 4,70%. Destaca-se também o resultado das passagens aéreas (-7,55%), cujos preços caíram pelo terceiro mês consecutivo.
Ainda em transportes, embora tenham apresentado alta, automóveis novos (0,83%) e usados (0,70%), estes produtos registraram queda em relação ao mês anterior (2,64% e 2,10%, respectivamente).
Nos transportes públicos, a variação positiva de ônibus urbano (1,04%) ocorre devido aos reajustes nas passagens em Curitiba (10,67%): reajuste de 22,23%, a partir de 1º de março; Recife (9,07%): reajuste de 9,33%, em vigor desde 13 de fevereiro; e Fortaleza (0,26%): reajuste de 8,55%, vigente desde 15 de janeiro.
Também houve aumento nas passagens dos ônibus intermunicipais (0,37%) em Curitiba (1,51%) e no Rio de Janeiro (4,12%), ambos a partir de 1º de março.
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