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Ataque em escola de São Paulo: por que espaços educativos são palcos de violências?

Mesmo sendo um espaço de prevenção de conflitos, episódios de ataques em escolas são noticiados pelo mundo. Estudos indicam possíveis motivos como problemas estruturais

Alguns estudos indicam possíveis motivos para ataques em escolas
Alguns estudos indicam possíveis motivos para ataques em escolas - Divulgação/JC Concursos
Pedro Miranda

Pedro Miranda

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 27/03/2023, às 20h15

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Na manhã desta segunda-feira (27), ocorreu um ataque com faca na Escola Estadual Thomazia Montoro, localizada na Vila Sônia, Zona Oeste da cidade de São Paulo, deixando quatro professoras e um aluno feridos. Uma das professoras, Elisabete Tenreiro, de 71 anos, não resistiu e faleceu no Hospital Universitário da USP.

O agressor, um aluno de 13 anos do oitavo ano da escola, foi contido por professoras e depois detido pela polícia. O ataque na escola foi registrado no 34° DP. Um vídeo divulgado mostra o momento em que o aluno é desarmado por duas professoras.

As vítimas foram encaminhadas para os hospitais das Clínicas, Bandeirantes, Universitário e São Luís. O motivo do ataque ainda é desconhecido e o caso está sendo investigado pelas autoridades competentes.

Na porta da escola onde aconteceu o ataque, pais de alguns estudantes relataram à reportagem da TV Globo que agressões físicas entre os alunos são constantes no espaço. 

Por que escolas são palcos de ataques? 

Mesmo sendo um espaço de prevenção de conflitos, agressões e violência, frequentemente, episódios de massacres em escolas são noticiados em todo o mundo. 

Estudos realizados por indicam que fatores como a falta de espaços de convivência e expressão, infraestrutura precária, professores sem formação adequada para lidar com conflitos, medidas repressivas excessivas e aprendizado deficiente contribuem para a ocorrência de violência nas escolas.

Do ponto de vista psicológico e social, especialistas indicam algumas razões para esses episódios acontecerem, principalmente em escolas: 

Ideologia ou crenças extremistas: ataques em escolas são motivados por ideologias ou crenças extremistas, que podem incluir sentimentos de ódio racial ou religioso. Infelizmente, isso pode levar à violência contra estudantes e funcionários da escola.

Participação de grupos extremistas: muitos grupos extremistas exploram a vulnerabilidade emocional e psicológica de possíveis membros, seduzindo-os com promessas de status, propósito e aceitação em um grupo que lhes proporciona uma identidade forte e um sentimento de pertencimento. Eles frequentemente fomentam uma cultura de intolerância e ódio, que pode resultar em radicalização e violência.

Esses fatores podem levar algumas pessoas a se sentirem alienadas e desesperadas, o que as leva a buscar respostas e soluções em grupos extremistas que oferecem uma visão simplista e ideológica do mundo.

Acesso fácil a armas: em diversos países, a facilidade de acesso a armas pode contribuir para o aumento do risco de ataques em escolas. Os agressores podem obter armas através do roubo de familiares, compra ilegal ou uso de armas legalmente adquiridas.

Problemas sociais e culturais: fatores sociais e culturais, como a desigualdade, marginalização, exclusão e discriminação, podem gerar sentimentos de raiva e frustração que podem ser descontados na escola ou em outros alunos.

Problemas emocionais e psicológicos: algumas pessoas que cometem agressões possuem problemas emocionais e psicológicos que não foram tratados adequadamente, tais como depressão, ansiedade, isolamento social e transtornos de personalidade. Esses problemas podem ser agravados por situações de bullying ou dificuldades enfrentadas na escola.

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