Mesmo sendo um espaço de prevenção de conflitos, episódios de ataques em escolas são noticiados pelo mundo. Estudos indicam possíveis motivos como problemas estruturais
Na manhã desta segunda-feira (27), ocorreu um ataque com faca na Escola Estadual Thomazia Montoro, localizada na Vila Sônia, Zona Oeste da cidade de São Paulo, deixando quatro professoras e um aluno feridos. Uma das professoras, Elisabete Tenreiro, de 71 anos, não resistiu e faleceu no Hospital Universitário da USP.
O agressor, um aluno de 13 anos do oitavo ano da escola, foi contido por professoras e depois detido pela polícia. O ataque na escola foi registrado no 34° DP. Um vídeo divulgado mostra o momento em que o aluno é desarmado por duas professoras.
As vítimas foram encaminhadas para os hospitais das Clínicas, Bandeirantes, Universitário e São Luís. O motivo do ataque ainda é desconhecido e o caso está sendo investigado pelas autoridades competentes.
Na porta da escola onde aconteceu o ataque, pais de alguns estudantes relataram à reportagem da TV Globo que agressões físicas entre os alunos são constantes no espaço.
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Mesmo sendo um espaço de prevenção de conflitos, agressões e violência, frequentemente, episódios de massacres em escolas são noticiados em todo o mundo.
Estudos realizados por indicam que fatores como a falta de espaços de convivência e expressão, infraestrutura precária, professores sem formação adequada para lidar com conflitos, medidas repressivas excessivas e aprendizado deficiente contribuem para a ocorrência de violência nas escolas.
Do ponto de vista psicológico e social, especialistas indicam algumas razões para esses episódios acontecerem, principalmente em escolas:
Ideologia ou crenças extremistas: ataques em escolas são motivados por ideologias ou crenças extremistas, que podem incluir sentimentos de ódio racial ou religioso. Infelizmente, isso pode levar à violência contra estudantes e funcionários da escola.
Participação de grupos extremistas: muitos grupos extremistas exploram a vulnerabilidade emocional e psicológica de possíveis membros, seduzindo-os com promessas de status, propósito e aceitação em um grupo que lhes proporciona uma identidade forte e um sentimento de pertencimento. Eles frequentemente fomentam uma cultura de intolerância e ódio, que pode resultar em radicalização e violência.
Esses fatores podem levar algumas pessoas a se sentirem alienadas e desesperadas, o que as leva a buscar respostas e soluções em grupos extremistas que oferecem uma visão simplista e ideológica do mundo.
Acesso fácil a armas: em diversos países, a facilidade de acesso a armas pode contribuir para o aumento do risco de ataques em escolas. Os agressores podem obter armas através do roubo de familiares, compra ilegal ou uso de armas legalmente adquiridas.
Problemas sociais e culturais: fatores sociais e culturais, como a desigualdade, marginalização, exclusão e discriminação, podem gerar sentimentos de raiva e frustração que podem ser descontados na escola ou em outros alunos.
Problemas emocionais e psicológicos: algumas pessoas que cometem agressões possuem problemas emocionais e psicológicos que não foram tratados adequadamente, tais como depressão, ansiedade, isolamento social e transtornos de personalidade. Esses problemas podem ser agravados por situações de bullying ou dificuldades enfrentadas na escola.
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