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Banco Central eleva projeção da inflação para 7,05% em 2021

Essa é a 19ª elevação consecutiva da projeção sobre a inflação. Com o aumento da inflação, a tendência é o Copom aumentar a taxa Selic na próxima reunião em setembro

Banco Central eleva projeção da inflação para 7,05% em 2021
Agência Brasil

Redação
Publicado em 16/08/2021, às 10h49

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Na manhã desta segunda-feira (16), o Banco Central (BC) divulgou, através do Boletim Focus, uma atualização sobre a projeção da inflação para o ano de 2021. Segundo o Bacen, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) tem a estimativa de fechar em 7,05%, a projeção anterior registrava 6,88%. Essa é a 19ª elevação consecutiva na projeção. 

A previsão para 2021 está acima da meta de inflação, que deve ser o objetivo do BC. A meta, definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Portanto, o limite inferior é de 2,25% e o superior, de 5,25%.

Em julho, a inflação subiu 0,96%, o maior resultado para o mês desde 2002, quando a alta foi de 1,19%. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 4,76%, no ano, e 8,99%, nos últimos 12 meses.

Para 2022, a estimativa de inflação é de 3,90%. Para 2023 e 2024, as previsões são de 3,25% e 3%, respectivamente.

Taxa de juros

Para atingir a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 5,25% ao ano pelo Copom (Comitê de Política Monetária). Os analistas do mercado financeiro, indicam que a Selic terminará 2021 em 7,50% ao ano. Para o fim de 2022, a estimativa é de que a taxa básica mantenha esse mesmo patamar. E tanto para 2023 quanto para 2024, a previsão é 6,5% ao ano.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas podem dificultar a recuperação da economia. 

Por outro lado, quando o Copom reduz a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

*trechos com reprodução da Agência Brasil

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