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Banco Central mantém cautela com ritmo de corte da Selic e atenção ao mercado de trabalho

Recentes declarações do presidente do BC indicam uma perspectiva otimista. Setor de serviços continua sendo uma fonte de pressão inflacionária. Veja detalhes

Setor de serviços continua sendo uma fonte de pressão inflacionária
Setor de serviços continua sendo uma fonte de pressão inflacionária - Divulgação/JC Concursos
Pedro Miranda

Pedro Miranda

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 07/02/2024, às 21h11

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O Banco Central (BC) continua monitorando de perto a dinâmica dos salários e o aquecimento do mercado de trabalho, mantendo uma postura cautelosa em relação à política monetária. As recentes declarações do presidente do BC, Roberto Campos Neto, indicam uma perspectiva otimista para o primeiro trimestre do ano, com uma expectativa de crescimento econômico acima do esperado, especialmente impulsionado pelo setor de serviços.

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No entanto, apesar da aparente resiliência do mercado de trabalho e do consumo das famílias, o BC expressa preocupações sobre a dinâmica inflacionária, que pode ser influenciada pelo comportamento dos salários e do hiato do produto.

A ata divulgada após a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) reitera a intenção de manter o ritmo de cortes na taxa de juros, mas destaca a necessidade de um escrutínio maior sobre os elementos que impactam a trajetória da inflação.

Setor de serviços continua sendo uma fonte de pressão inflacionária

O BC observa que, embora haja sinais de maior concessão de crédito e atividade no mercado de capitais, o ambiente econômico ainda enfrenta desafios significativos, tanto externos quanto internos.

A desaceleração do crescimento global e a deflação dos preços ao produtor em algumas economias influenciam positivamente os preços das commodities, mas o setor de serviços, mais sensível aos aumentos salariais, continua sendo uma fonte de pressão inflacionária.

Ainda que haja uma expectativa de queda na inflação, o BC permanece cauteloso, enfatizando a importância de manter as expectativas ancoradas e evitar movimentos bruscos na taxa de juros. Com as projeções inflacionárias ainda não totalmente convergentes com a meta, a política monetária seguirá gradual, com cortes na Selic de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões.

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