O Banco Central reúne as previsões das principais instituições financeiras do Brasil e serve como um norte para as decisões de políticas públicas
Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a inflação oficial, por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou acima do esperado ao ter uma taxa de 0,71%, com um indicador acumulado de 4,65%. Por conta disso, o dólar ficou no patamar abaixo dos R$ 5 pela primeira vez em quase um ano e a bolsa de valores subiu mais de 5% em uma semana.
Apesar disso, o Boletim Focus do Banco Central, que reúne as previsões das principais instituições financeiras do Brasil, aumentou a projeção da inflação de 2023 de 5,98% para 6,01%. Para 2024, a projeção da inflação ficou em 4,18%. Para 2025 e 2026, as previsões são de inflação de 4% para os dois anos.
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Atualmente, a inflação está abaixo da meta, mas se a previsão do mercado financeiro se concretizar, ela ficará acima do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta que é de 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Logo, o limite inferior é 1,75% e o superior, 4,75%.
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De acordo com o BC, a chance de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 é de 83%.
O BC utiliza a taxa básica de juros, a Selic, como o principal instrumento para alcançar a meta de inflação. O Comitê de Política Monetária (Copom) definiu a Selic em 13,75% ao ano, o maior nível desde janeiro de 2017.
No entanto, o mercado financeiro prevê uma redução da taxa básica de juros para 12,5% ao ano até o final de 2023, o que é uma mudança em relação às oito semanas anteriores em que a previsão era de 12,75%.
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O governo federal e o Banco Central têm opiniões divergentes sobre o patamar da Selic. Aumentar a taxa básica de juros ajuda a controlar a demanda aquecida e afeta os preços, tornando o crédito mais caro e incentivando a poupança, o que pode dificultar o crescimento econômico. Por outro lado, reduzir a Selic pode baratear o crédito, estimular a produção e o consumo, e impulsionar a atividade econômica, mas também pode afetar o controle da inflação.
O Boletim Focus prevê que a taxa básica de juros será de 10% ao ano até o final de 2024, 9% ao ano até o final de 2025 e 8,75% ao ano até o final de 2026.
A expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil é de 0,9% em 2023, 1,4% em 2024, 1,72% em 2025 e 1,8% em 2026. A projeção para a cotação do dólar é de R$ 5,24 até o final de 2023 e de R$ 5,26 até o final de 2024.
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