O texto do Orçamento 2023 prevê o montante de R$ 145 bilhões por fora do teto de gastos para pagar o Bolsa Família de R$ 600 no próximo ano, além de melhorar outros programas. Veja quais
A PEC da Transição foi aprovada pelo Senado e aguarda aprovação da Câmara. O texto garante ao Orçamento 2023 o montante de R$ 145 bilhões por fora do teto de gastos em cada um dos próximos dois anos. A maior quantia será destinada à manutenção do Auxílio Brasil, que volta a se chamar Bolsa Família, em R$ 600. Além disso, o benefício social pagará um adicionar de R$ 150 por filho de até 6 anos às famílias contempladas.
A previsão orçamentária reserva, ainda, outros valores para a área social, superior à proposta inicial do governo Bolsonaro. Serão 48 bilhões a mais para saúde, combate à pobreza e educação. A fatia mais relevante ficará com a saúde: R$ 22,7 bilhões - o que representa 13,7% a mais.
Só para o programa farmácia popular serão destinados mais de R$ 2 bilhões, o triplo do recurso indicado no orçamento pelo governo Bolsonaro. A área da educação, por sua vez, receberá R$ 11,2 bilhões - um incremento de 7,3%. A merenda escolar, por exemplo, contará com 1,5 bilhões a mais.
Também foi relacionado orçamento superior relevante para o Ministério do Desenvolvimento Regional, que cuida do programa Minha Casa, Minha Vida. Foram destinados 9 bilhões, o que corresponde a 161% a mais do previsto na peça orçamentária inicial. Com isso, o programa de moradia popular poderá ser reforçado.
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“Porque tem a transposição do Rio São Francisco, tem barragens sendo construídas. E aqui no MDR está o Minha Casa, Minha Vida; que pela primeira vez na história não tinha recursos para a habitação popular. Estamos colocando R$ 9,5 bilhões”, explicou o relator do orçamento, o senador Marcelo Castro (MDB-PI).
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A União tem um orçamento para executar os programas e demais investimentos do federais. É vedado ultrapassar esse limite, sob pena de incorrer em crime de responsabilidade fiscal. Por isso, fala-se em teto de gastos. Sem orçamento para melhorar o Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família em 2023, Lula propôs, então, retirar o programa social do teto. Desta forma, poderia destinar mais dinheiro ao auxílio em infringir as regras fiscais.
Inicialmente, a equipe de transição defendeu que a exclusão dos valores do teto de gastos valesse por quatro anos, mas, segundo Marcelo Castro, relator do Orçamento 2023, a proposta não foi bem recebida e foi modificada para o prazo de dois anos apenas. Além disso, houve redução de R$ 30 bilhões e o valor aprovado pelo Senado foi de R$ 145 bilhões e não R$ 175 bi.
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“Optei por tirar o programa social do teto, mas criar um valor pré-fixado para esse programa”, explicou Silveira. O senador acrescentou que o temor do mercado era não ter esse valor pré-fixado. “Eu fiz um misto de aprovar a tese de retirar do teto de gastos, mas ao mesmo tempo pré-fixar o valor para dar previsibilidade”, esclareceu.
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