As próprias fabricantes de cerveja afirmam que não planejam reduzir os preços. A influência das fabricantes de cerveja tende a ser mais significativa nos mercados onde são dominantes
As cervejarias globais, incluindo gigantes como Anheuser-Busch Inbev, Carlsberg e Heineken, estão otimistas em relação à expansão de suas margens de lucro no próximo ano, de acordo com analistas e investidores do setor.
Apesar da diminuição das pressões sobre os custos, especialistas acreditam que os aumentos de preços nas cervejas devem permanecer, uma vez que os consumidores têm demonstrado disposição para adquirir cervejas mais caras, mesmo comprando em menor quantidade. No terceiro trimestre, AB Inbev, Carlsberg e Heineken registraram aumento nas receitas, impulsionadas por esses aumentos de preços.
Analistas e investidores projetam um aumento nas margens de lucro dessas empresas em 2024, já que os custos de matérias-primas específicas devem diminuir em alguns mercados. No entanto, as próprias fabricantes de cerveja afirmam que não planejam reduzir os preços.
O diretor financeiro da Heineken, Harold van den Broek, destacou que há um "baixo risco" de a cervejaria reduzir os preços no próximo ano. A Carlsberg também não planeja reduzir os preços, e o presidente-executivo da empresa, Jacob Aarup-Andersen, revelou que a cervejaria planeja implementar novos aumentos de preços em 2024.
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Embora o alívio nos custos tenha enfrentado atrasos devido a estratégias de hedge, as margens agora estão no seu ponto mais baixo, e as cervejarias têm a oportunidade de reconstruí-las para níveis históricos.
Tom O'Hara, gerente de portfólio da Janus Henderson, enfatizou que a expansão das margens deve ser robusta no próximo ano. A margem bruta da AB InBev caiu de quase 62% no primeiro semestre de 2019 para pouco menos de 54% no primeiro semestre deste ano. No caso da Heineken, a margem de lucro operacional no primeiro semestre de 2023 foi de 13,4%, contra 15,6% no primeiro semestre de 2019.
Moritz Kronenberger, gerente de portfólio da Union Investment da Alemanha, que detém ações de cervejarias europeias, concordou que uma vez que uma das grandes cervejarias tenha elevado seus preços, é improvável que os revertam, projetando uma expansão de margem saudável nos próximos 12 a 18 meses.
Os preços do alumínio e do trigo caíram em relação às máximas registradas em 2023, proporcionando alívio nas pressões sobre os custos. No entanto, os analistas da Bernstein observam que ainda há variação de preços significativa entre diferentes commodities e regiões.
De acordo com Johan Hastroem, gerente de portfólio da Sp-Fund Management Company, da Finlândia, a dinâmica de preços pode variar conforme o mercado, com maior risco de reversão de preços na Europa. A influência das fabricantes de cerveja tende a ser mais significativa nos mercados onde são dominantes, como a AB InBev no Brasil e no México.
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