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Cheque: o fim está próximo? Uso da ordem de pagamento no Brasil apresenta queda em 2023

Análise abrange não apenas a quantidade de cheques, mas também o volume financeiro envolvido. A pandemia teria impulsionado o uso de canais digitais

Febraban atribui a redução no uso de cheques ao avanço dos meios de pagamento digitais
Febraban atribui a redução no uso de cheques ao avanço dos meios de pagamento digitais - Canva/JC Concursos
Pedro Miranda

Pedro Miranda

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 22/01/2024, às 20h41

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A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou nesta segunda-feira (22) uma análise revelando que o número de cheques utilizados pelos brasileiros em 2023 experimentou uma redução significativa, registrando uma queda de 17% em comparação com o ano anterior.

Segundo os dados fornecidos pela Febraban, foram compensados 168,7 milhões de cheques no ano passado, representando uma diminuição de 95% em relação ao início da série histórica em 1995, quando 3,3 bilhões de cheques foram compensados.

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A análise abrange não apenas a quantidade de cheques, mas também o volume financeiro envolvido. Em 2023, o valor total compensado por cheques foi de R$ 610,2 bilhões, uma queda de 70,18% em relação a 1995, quando atingiu R$ 2 trilhões. Comparando com 2022, houve uma redução de 8,5%, quando o montante alcançou R$ 668,8 bilhões.

Febraban atribui a redução no uso de cheques ao avanço dos meios de pagamento digitais

A Febraban destacou ainda a diminuição no número de cheques devolvidos, totalizando 18 milhões em 2023, representando 10,67% do total compensado no país. Isso representa uma queda de 7,9% em relação a 2022, quando 19,5 milhões de cheques foram devolvidos. A entidade ressalta que motivos como falta de fundos, irregularidades ou erros de preenchimento podem levar à devolução dos cheques.

No caso dos cheques devolvidos por falta de fundos, o número caiu de 15 milhões em 2022 para 13,6 milhões em 2023, indicando uma redução de 9%.

A Febraban atribui a redução no uso de cheques ao avanço dos meios de pagamento digitais, como internet e mobile banking, além da implementação do Pix em 2020. Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban, destaca que a pandemia impulsionou o uso de canais digitais, representando quase 8 em cada 10 transações bancárias no Brasil.

Apesar da queda no volume de transações, a Febraban observou um aumento no tíquete médio do cheque em 2023, passando de R$ 3.257,88 em 2022 para R$ 3.617,60. A entidade sugere que essa mudança pode refletir a preferência dos brasileiros por cheques em transações de maior valor.

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