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Chorando, Bolsonaro reconhece derrota e diz que novo governo assume em janeiro

Desde a derrota nas Eleições 2022, Bolsonaro se manteve recluso, sem falar abertamente sobre o resultado do pleito. Nesta sexta, o futuro ex-presidente se despediu dos eleitores

Em fala direcionada aos eleitores dele, Bolsonaro comenta sobre o novo governo
Em fala direcionada aos eleitores dele, Bolsonaro comenta sobre o novo governo - Reprodução/Live Instagram
Pedro Miranda

Pedro Miranda

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 30/12/2022, às 12h19 - Atualizado às 12h26

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Na última live realizada nesta sexta-feira (30) no Palácio da Alvorada, enquanto presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL) reconheceu a derrota e afirmou que o novo governo assume em janeiro. Chorando, Bolsonaro diz que tentou buscar uma saída para impedir que o novo governo assumisse, mas sem apoio, não seria possível.

Ainda na transmissão de quase uma hora, Bolsonaro fez críticas à montagem ministerial do novo governo de Lula (PT), repetiu o discurso de que fora perseguido ao longo dos últimos quatro anos pelo judiciário e pela imprensa, e ensaiou um discurso como líder da oposição. Na perspectiva dele, o terceiro mandato de Lula “é um governo que começa capenga”.

Desde a derrota no segundo turno das Eleições 2022, Bolsonaro se manteve recluso, sem falar abertamente sobre o resultado do pleito. No pronunciamento desta sexta (30), mesmo sem provas e oscilando o tom de crítica, ele voltou a atacar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e disse que as eleições não foram imparciais. “Não vamos duvidar das urnas aqui”, ponderou.

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Em fala direcionada aos eleitores, Bolsonaro comenta sobre o novo governo

Aos eleitores dele, o mandatário disse que o “Brasil não vai se acabar nesse 1º de janeiro” e que “nada está perdido”. Ele disse que tentou buscar uma saída “dentro das quatro linhas, dentro das leis” para impedir o resultado das eleições, mas que sem apoio não seria possível, “ninguém quer uma aventura”, destacou.

Em relação aos atos antidemocráticos dos bolsonaristas em frente aos quartéis do exército, Bolsonaro disse que não quis se envolver, mas considerou o movimento como pacífico. E que as pessoas se organizaram espontaneamente, e mesmo pedindo golpe militar, segundo ele, elas estariam em busca da liberdade e da democracia.

Diferente do que diz o atual chefe do executivo, uma investigação do TSE apontou que os atos antidemocráticos em frente ao exército e bloqueio nas rodovias pelo Brasil estavam sendo financiados por empresários.

Sobre o ato terrorista desmontado pela Polícia Federal na semana passada, o futuro ex-presidente do Brasil disse que “nada justifica” a ação tomada pelo eleitor dele. “Um elemento que foi pego, graças a Deus, com ideias que não coadunam com nenhum cidadão. Agora massificar em cima do cara como bolsonarista o tempo todo. É a maneira da imprensa tratar", criticou.

George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, confessou que era apoiador de Bolsonaro e que o plano foi montado junto de outros eleitores em frente ao QG do Exército em Brasília. Ele também disse que o objetivo da bomba era "dar início ao caos" e que pretendia impor decretação de estado de sítio no país, limitando os poderes e ações dos poderes Legislativo e Judiciário.

Com uma viagem marcada para os Estados Unidos, Bolsonaro deve deixar o Brasil a qualquer momento. Os planos são de passar uma temporada em Miami. O Diário Oficial da União (DOU), inclusive, autorizou assessores a acompanhá-lo na viagem internacional entre 1º e 30 de janeiro.

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