Número vagas em concursos públicos deve aumetar mais de 27% com a melhora das contas públicas, o melhor dos últimos quatro anos
Depois de oito anos, as contas do setor público consolidado, que inclui o governo federal, estados, municípios e empresas, devem fechar o ano de 2021 com superávit primário. Este seria o melhor resultado desde 2013. O resultado primário é, basicamente, formado por receita menos despesas, sem considerar os gastos com juros. A informação foi apresentada, na última quarta-feira (29), pelo secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle.
Valle destaca que os números apresentados pela pasta indicam o superávit primário. "Hoje a gente tem uma forte indicação que haverá superávit primário em 2021 considerando todo o setor público geral. Seria o primeiro superávit primário desde 2013", afirma.
De acordo com o secretário, este fenômeno deve ocorrer devido ao déficit primário do Governo Central, formado pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, que será menor que o previsto inicialmente, ficando abaixo apenas do superávit primário das contas estaduais.
"De janeiro a novembro, no Governo Central a gente tem um déficit de R$ 49 bilhões. Estados e municípios estavam com superávit de R$ 100 bilhões. Esses R$ 100 bilhões vão diminuir, porque esse mês de dezembro tem mais despesas, e os R$ 49 bilhões [de déficit do Governo Central] vão subir um pouco. Se for, por exemplo, cerca de R$ 70 bilhões [de déficit] do Governo Central e o dos estados for [superávit], por exemplo, de R$ 75 bilhões, a gente está falando de um superávit primário de uns R$ 5 bilhões", disse Valle.
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Em novembro, as contas públicas do governo federal tiveram saldo positivo de R$ 3,9 bilhões, melhor desempenho desde 2013.
Com o melhor resultado dos últimos anos nas contas públicas, o número de vagas em concursos deve aumentar mais de 27%, conforme aponta o Orçamento de 2022.
Em 2021, o orçamento federal previu a criação de 53.599 vagas em processos seletivos em órgãos públicos. Para o ano que vem, a expectativa é que sejam preenchidas 73.640 vagas efetivas, mesmo em um ano eleitoral que proíbe concursos públicos durante o período das eleições.
Em comparação com os anos anteriores, sob vigência do governo Bolsonaro, o resultado é ainda mais positivo. Em 2020, antes do estouro da pandemia de covid-19, a equipe do presidente enviou uma estimativa de contratar 51.391 novos servidores. Enquanto que em 2019, primeiro ano de governo do Bolsonaro, o orçamento previu a contratação de apenas 48.224 funcionários públicos.
*com informações da Agência Brasil
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