O empréstimo consignado do Auxílio Brasil foi criado durante o intervalo do 1º e 2º turno das eleições presidenciais
O crédito consignado do Auxílio Brasil foi criado durante o intervalo entre o 1º e o 2º turno das eleições presidenciais. Para muitos analistas políticos, essa medida foi adotada para melhorar a imagem do então presidente e candidato Jair Bolsonaro. Contudo, a contratação do empréstimo sofreu algumas adversidades e chegou a ser suspenso em novembro por problemas técnicos de TI.
Além disso, especialistas em educação financeira criticaram a oferta do crédito consignado do Auxílio Brasil. No Twitter, uma das maiores influencers de finanças pessoais, Nath Finanças, foi dura ao fazer o seguinte comentário: "ver gente defendendo usar o Auxílio Brasil como garantia pra empréstimo é o auge do mau-caratismo".
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Ao que tudo indica, o crédito consignado do Auxílio Brasil não deverá ser mais ofertado. Acontece que a nova presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, que tomou posse na última quinta-feira (12), declarou que irá suspender a concessão do empréstimo.
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Segundo a dirigente do banco estatal, a suspensão foi motivada pela revisão do cadastro dos beneficiários do Bolsa Família realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Social. O ministro da pasta, Wellington Dias, anunciou nesta semana que irá fazer um pente fino no programa social para encontrar cadastros irregulares e verificar quem pode receber o adicional de R$ 150 para quem tem crianças com até seis anos de idade.
Serrano ainda relatou que os juros dessa modalidade de empréstimo são muito altos. A Caixa ainda irá avaliar quais são as possibilidades para alterar os produtos do empréstimo consignado do Auxílio Brasil.
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As dívidas de quem contraiu o empréstimo consignado do Auxílio Brasil junto à Caixa podem ser perdoadas. Essa possibilidade está em debate no governo federal para solucionar o endividamento das famílias brasileiras. Cerca de 80 milhões de pessoas estariam com algum tipo de débito vencido no país, conforme relata Wellington Dias.
Ao jornal O Estado de S.Paulo, Dias afirmou que existe "uma proposta de anistia para os endividados". Porém, ainda não há detalhes. A iniciativa faria parte de um programa maior de renegociação de dívidas, o Desenrola Brasil.
De acordo com o antigo Ministério da Cidadania, um em cada seis beneficiários do Auxílo Brasil pegaram empréstimo até o dia 1º de novembro, no valor médio de R$ 2.718,24, em ate 24 parcelas de R$ 160,00 a juros de 3,45% ao mês. As dívidas somam R$ 9,5 bilhões.
*com colaboração de Mylena Lira
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