Com o fim do auxílio emergencial, parte dos parlamentares apontam que é necessário reformular e melhorar os programas de transferência de renda para a população carente
Dezembro de 2020 terminou sem a prorrogação do auxílio emergencial mesmo com a segunda onda da pandemia de covid-19. Alguns parlamantares do Congresso Nacional argumentam que será necessário discutir um programa de renda mínima ou uma reformulação dos já existentes, como o Bolsa Família, com o objetivo de diminuir as desigualdades sociais, sobretudo entre os mais pobres.
A bancada do Psol apresentou o projeto (PL 3934/20) que cria um programa de renda mínima permanente para famílias que ganham até meio salário mínimo por pessoa. O deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ), vice-líder do partido, avalia que o benefício é fundamental para que as desigualdades sociais não aumentem ainda mais.
“Foram os pobres que não conseguiram o direito ao isolamento, que não tiveram acesso a máscaras, que não puderam lavar as mãos porque não têm saúde básica, água potável e moradia”, afirma. “No Brasil, a desigualdade mata. Por isso que uma política de renda em tempos de pandemia é mais urgente ainda.”
Autor da proposta (PL 6072/19) que deu origem ao auxílio emergencial e relator de uma comissão que discutia antes da pandemia a reformulação dos programas sociais existentes, o deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG) defende uma prorrogação do auxílio emergencial por mais dez meses em 2021.
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“Ao findar esses dez meses, aqueles que já estavam nas condições impostas pelo Bolsa Família, que leva em conta o corte de renda per capita, migrariam para esse programa. Dessa forma, teríamos aí um aumento de 7 milhões de pessoas que poderiam ser beneficiadas a distribuição de renda. ”
O deputado General Peternelli (PSL-SP) acredita que o governo vai continuar discutindo a questão da renda mínima neste ano. E ressalta que o auxílio emergencial não pode ser prorrogado indefinidamente.
“Não podemos ficar sinalizando em prorrogar, prorrogar e prorrogar. O presidente Bolsonaro apontou que, em relação Bolsa Família, vamos tentar aumentar um pouquinho. E isso é necessário ”, diz. “Independentemente da renovação ou não do auxílio, podemos ter certeza de que o governo prestará auxílio aos que necessitam. ”
O Bolsa Família atende a cerca de 14 milhões de famílias com um benefício médio de R$ 200. O auxílio emergencial beneficiou aproximadamente 75 milhões de pessoas.
*trechos com reprodução Agência Câmara de Notícias
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