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Desaceleração no consumo: Fevereiro registra queda de 0,5%, aponta CNC

Levantamento da CNC divulgado nesta terça-feira (20) aponta para recuo de 0,5% no consumo das famílias brasileiras em fevereiro; Saiba os detalhes

Carrinho de compras vazio em supermercado
Carrinho de compras vazio em supermercado - Divulgação JC Concursos
Jean Albuquerque

Jean Albuquerque

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 20/02/2024, às 13h02

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O indicador Intenção de Consumo das Famílias (ICF) da CNC, divulgado nesta terça-feira (20), registrou queda em fevereiro pelo terceiro mês consecutivo, recuando 0,5% em relação a janeiro. Apesar da retração, o índice se mantém 10,4% superior ao mesmo período do ano passado, o melhor resultado desde 2015.

A principal causa da queda na intenção de consumo é a priorização do pagamento de dívidas pelas famílias. O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, ouvido pela Agência Brasil, destaca que, mesmo com taxas de juros mais atrativas, o saldo da carteira de crédito das pessoas físicas desacelerou em comparação ao ano passado, evidenciando uma postura mais cautelosa em relação ao endividamento.

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Cenário positivo para o planejamento financeiro

A pesquisa da CNC revela um cenário positivo no quesito planejamento financeiro. A busca por reduzir as dívidas, mesmo que impacte o consumo no curto prazo, demonstra maior consciência das famílias brasileiras com suas finanças. Essa mudança de comportamento é vista como um indicador positivo para a saúde financeira no longo prazo.

O levantamento ainda aponta que o único indicador que apresentou crescimento em fevereiro foi o da renda atual. A inflação controlada contribuiu para o aumento do poder de compra das famílias, enquanto o crescimento da população empregada impactou positivamente a massa salarial, disponibilizando mais recursos para o consumo.

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Veja fatores que influenciam recuo do consumo 

A queda na intenção de consumir foi mais acentuada entre as famílias com renda inferior a dez salários-mínimos (até R$ 14.120), recuando 0,6%. Já para as famílias com renda superior a dez salários-mínimos, a redução foi de 0,1%.

A CNC explica que as famílias de menor renda, por estarem mais endividadas, priorizam o ajuste do orçamento, enquanto as de maior renda já demonstram otimismo em relação ao futuro do consumo.

A queda na intenção de consumo em fevereiro não significa pessimismo generalizado. As famílias demonstram cautela e priorização do pagamento de dívidas, buscando um equilíbrio entre o consumo presente e a segurança financeira no futuro. O aumento da renda e a inflação controlada são fatores que contribuem para o otimismo moderado em relação ao futuro do consumo.

A pesquisa da CNC foi aprimorada e agora inclui 18 mil consumidores, além de considerar sete indicadores que abrangem diferentes aspectos da situação econômica das famílias. Essa mudança permite uma análise mais abrangente e precisa das tendências de consumo no Brasil.

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