É possível um reajuste do Auxílio Brasil acima da inflação oficial? Entenda

O reajuste no Auxílio Brasil é um dos temas mais debatidos nas propagandas e discursos dos candidatos à presidência da República. Tanto Jair Bolsonaro (PL) quanto Lula (PT) destacam que irão manter o pagamento de R$ 600 do programa social. 

Muito se fala do reajuste para 2023, mas nenhum dos candidatos indicou se os reajustes anuais do programa social serão corrigidos pela inflação anualmente. Com base nisso, o JC Concursos fez um levantamento das últimas atualizações nos valores do Bolsa Família, programa anterior ao Auxílio Brasil, que teve início em novembro de 2021 e sofreu reajuste de 50% em agosto deste ano. 

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Por se tratar de um benefício social, o reajuste do Auxílio Brasil com base na correção inflacionária não é obrigatório. O aumento nos valores depende da vontade política do Executivo e Legislativo. Até a criação do Auxílio Brasil, o Bolsa Família ficou congelado por mais de três anos, de julho de 2018 até novembro de 2021.

Ou seja, o benefício social ficou parado durante as gestões dos presidentes Michel Temer (2016-2018) e Bolsonaro (2019-2022).

Em entrevista à CNN Brasil, o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Pedro Ferreira de Souza, afirmou que o Bolsa Família cresceu até 2013, mas com a crise fiscal em 2014, os reajustes minguaram. 

Dito isso, o reajuste do Auxílio Brasil, com base na inflação oficial, não é um processo obrigatório, com base do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ou INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), assim como é feito com o salário mínimo. 

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Assim, o reajuste do Auxílio Brasil depende mais da articulação do presidente da República com o Congresso Nacional do que uma atualização técnica.

+++Acompanhe as principais informações sobre o Auxílio Brasil na editoria de Sociedade do JC Concursos

Jornalista especializado em produção de conteúdo para internet, SEO e marketing digital, com experiência em redação e edição de texto.

Formação em Ciências Sociais pela FFLCH-USP e graduado em jornalismo pela FAM, com cursos livres nas áreas de políticas públicas, economia e finanças.

Começou como estagiário no JC Concursos, mas também acumula experiências como redator na agência de comunicação Neto Angel. Além já atuou como editor na Serasa, Eu Quero Investir e Torcedores.com.