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“É um mito”, diz especialista sobre esperar 24h para denunciar desaparecimento de crianças

A cada ano, em média, de 40 mil a 50 mil crianças e adolescentes desaparecem no Brasil. Palestrantes ressaltaram a importância do envio de alerta em tempo real a todos os estados

A cada ano, em média, de 40 mil a 50 mil crianças e adolescentes desaparecem no Brasil
A cada ano, em média, de 40 mil a 50 mil crianças e adolescentes desaparecem no Brasil - Divulgação/JC Concursos
Pedro Miranda

Pedro Miranda

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 27/03/2023, às 22h13

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Especialistas em busca de pessoas desaparecidas enfatizam a importância da busca imediata, especialmente quando se trata de crianças e adolescentes. A Lei da Busca Imediata, em vigor desde 2005, determina que os órgãos competentes devem agir rapidamente e enviar alerta para portos, aeroportos, Polícia Rodoviária e companhias de transporte assim que forem notificados sobre um desaparecimento.

No entanto, durante o Seminário de Políticas Públicas para o Enfrentamento ao Desaparecimento, promovido pelos ministérios dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e da Justiça e Segurança Pública (MJSP), foi destacado que a lei não está sendo cumprida adequadamente no país.

A cada ano, em média, de 40 mil a 50 mil crianças e adolescentes desaparecem no Brasil. Um a cada três desaparecidos no país é uma criança ou adolescente. Participantes pediram mais atenção e esforços para garantir que a busca imediata seja realizada em todos os casos de desaparecimento de crianças e adolescentes, a fim de aumentar as chances de sucesso na localização dessas pessoas.

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Não é preciso esperar 24h ou 48h para denunciar desaparecimento de crianças e adolescentes

O pesquisador sobre tráfico de pessoas e exploração de crianças, adolescentes e mulheres, Marcelo Neumann, destacou que a cultura policial de esperar 24h ou 48, “é um mito que foi criado”. Durante o seminário, os palestrantes ressaltaram a importância do envio de alerta em tempo real a todos os estados.

Segundo Luiz Henrique Oliveira, gerente do programa SOS Crianças Desaparecidas, é crucial existir um sistema de alerta conjugado com todas as unidades da Federação. Ele destacou que o Brasil está atrasado em relação a outros países, como os Estados Unidos, que já têm um sistema de divulgação de sequestros de crianças e adolescentes.

Oliveira defendeu que empresas e órgãos governamentais transmitam rapidamente informações sobre desaparecimentos para aumentar as chances de encontrá-los.

Recomenda-se procurar imediatamente a delegacia de polícia mais próxima e registrar um boletim de ocorrência ao perceber a ausência incomum da pessoa. Por exemplo, se a pessoa tem o hábito de chegar em um horário específico e não apareceu nem deu sinal de atraso, é possível registrar o boletim de ocorrência.

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