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Enel anuncia mudança na presidência no Brasil, em meio a desafios operacionais

Decisão ocorre após mais de 2,1 milhões de paulistas enfrentarem dias sem energia elétrica. Empresa atende 15 milhões de clientes em São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará

Enel está sob investigação de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI)
Enel está sob investigação de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) - Divulgação/JC Concursos
Pedro Miranda

Pedro Miranda

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 24/11/2023, às 13h51

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A Entidade Nacional de Eletricidade (Enel) informou nesta quinta-feira (23) a substituição do presidente no Brasil, Nicola Cotugno, em um momento marcado por recentes desafios operacionais. A troca, conforme a companhia, estava planejada desde outubro e relaciona-se à aposentadoria do dirigente que ocupava o cargo nos últimos cinco anos.

A decisão ocorre após mais de 2,1 milhões de paulistas enfrentarem uma interrupção no fornecimento de energia, alguns por mais de sete dias, devido a um forte temporal que atingiu o estado, causando transtornos significativos para a população.

Cotugno será sucedido por Antonio Scala, um executivo que já fazia parte da empresa. A Enel afirmou que o presidente em exercício estendeu sua permanência até 22 de novembro para "apoiar o processo de substituição e as recentes contingências". Durante o período de transição, o presidente do Conselho de Administração, Guilherme Gomes Lencastre, assume interinamente a presidência.

Enel está sob investigação de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI)

A Enel, que atende mais de 15 milhões de clientes em distribuidoras nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, enfrenta uma crise, intensificada pelo pedido do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para encerrar o contrato com a Enel. O prefeito alegou interrupções no fornecimento após o temporal de 3 de novembro e demoras na realização de ligações em obras municipais.

A empresa está sob investigação de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI), uma na Câmara Municipal de Vereadores e outra na Assembleia Legislativa, ambas criadas para apurar as irregularidades e práticas abusivas relacionadas ao apagão de novembro.

Além disso, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) instaurou um inquérito e propôs um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) à Enel, buscando indenizar os mais de dois milhões de consumidores afetados, aumentando os investimentos para evitar futuros episódios de desabastecimento, conforme previsto no termo proposto.

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