Trabalhadores gastam mais da metade do salário mínimo com alimentação. Estimativa é baseada no preço de uma cesta básica em São Paulo
De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo ideal para atender uma família de quatro pessoas em julho deveria ser de R$ 6.388,55. O valor equivale a 5,27 vezes o preço atual do piso federal atual de R$ 1.212 reais.
Essas estimativas são feitas mensalmente e indicam a renda mínima que os trabalhadores e suas famílias precisam para pagar as despesas do mês com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, saneamento, transporte, lazer e previdência social.
A estimativa do valor ideal para julho é baseada no preço de uma cesta básica em São Paulo, que custou 760,45 reais, o mais caro para o mês das 17 capitais analisadas. Dado o preço da cesta básica, os trabalhadores com salário mínimo se comprometeram, em média, em julho a gastar 59,27% de sua renda líquida em alimentos básicos, disse o Dieese.
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O Dieese também destacou que 10 das 17 capitais pesquisadas tiveram queda no valor da cesta básica em julho, com as quedas mais acentuadas ocorrendo em Natal (-3,96%), João Pessoa (-2,40%) ), Fortaleza (- 2,37%) e São Paulo (-2,13%). As sete cidades que subiram foram Vitória (1,14%), Salvador (0,98%), Brasília (0,80%), Recife (0,70%), Campo Grande (0,62%), Belo Horizonte (0,51%) e Belém (0,14). %).
Entre os produtos em crescimento, o Dieese destacou o leite integral e a manteiga, com crescimento em todas as cidades pesquisadas. Segundo o Dieese, o motivo pode ser o prolongamento da entressafra, que aumenta os custos de produção e maior demanda pelo produto devido ao clima seco e à falta de chuva.
Os preços do pão francês subiram em todas as cidades, exceto Aracaju (-0,57%), enquanto o preço da farinha de trigo coletada no centro-sul subiu em 8 das 10 capitais pesquisadas. O departamento observou que os preços domésticos do trigo e da farinha permaneceram altos devido à oferta insuficiente e à depreciação da taxa de câmbio, apesar da queda nos mercados internacionais.
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