Soltar balão é crime, mas as ocorrências envolvendo essa prática perigosa têm se tornado mais frequentes, principalmente por causa das festas juninas
As ocorrências envolvendo balões têm se tornado mais frequentes nesta época do ano, principalmente por causa das festas juninas. Diante disso, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo tem intensificado as ações para combater e apreender os balões, além de conscientizar a população que soltar balão é crime e alertar para os graves perigos envolvidos.
No último sábado (10), um incidente ocorrido em Arujá, na Grande São Paulo, chamou a atenção para os perigos dessa prática. Um vídeo que circulou nas redes sociais mostrou um balão em chamas caindo em um condomínio residencial e colidindo com um dos edifícios. Por sorte, não houve feridos, mas o episódio despertou a preocupação das autoridades e dos moradores sobre os riscos dessa ação irresponsável.
Os balões representam uma ameaça significativa à segurança. Além do risco iminente de incêndios, eles podem carregar cangalhas de fogos de artifício em sua base, causando explosões perigosas próximas a residências, florestas, empresas e veículos.
Quando são lançados, os balões são levados por correntes de ar, podendo chegar a locais imprevisíveis e colocando em risco o tráfego aéreo e a segurança dos passageiros. Os impactos ambientais também são alarmantes. Os balões representam uma ameaça à fauna e à flora, pois quando caem em áreas de mata, podem causar danos irreparáveis ao meio ambiente.
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Além disso, a soltura de balões configura crime no Brasil. O baloeiro, aquele que solta os balões, pode responder pelo artigo 261 do Código Penal, que trata da exposição de perigo a embarcações ou aeronaves, com pena de reclusão de dois a cinco anos. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões também configura crime contra a flora, conforme estabelecido no artigo 42 da Lei nº 9.605/98. Nesse caso, a pena prevista é de 1 a 3 anos de prisão, além de multa.
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Diante do aumento das ocorrências, as autoridades têm intensificado os esforços para combater essa prática criminosa. A Secretaria da Segurança Pública implementou um cronograma de combate à soltura de balões, reforçando a Operação SP Sem Fogo durante o período de estiagem, que vai de 1º de junho até 30 de setembro.
Os grupos de baloeiros costumam se organizar por meio de comunidades em redes sociais e aplicativos de mensagens, mas a Polícia Militar Ambiental tem realizado ações preventivas para desarticular esses grupos e apreender os balões antes que sejam lançados.
As estatísticas revelam a gravidade do problema. Em 2022, o número de balões prontos apreendidos mais que dobrou em relação ao ano anterior, chegando a 129 unidades. Desde 2018, mais de 20 locais utilizados para a fabricação desses artefatos foram localizados e fechados pela Polícia Militar Ambiental.
Os grupos de baloeiros são mais ativos na capital e na Grande São Paulo, assim como em outras regiões densamente povoadas, como Campinas. Em uma operação recente, uma fábrica clandestina de balões foi desarticulada em Guararema. O local funcionava como uma central de produção, contando com máquinas pesadas e grande quantidade de materiais, capazes de montar pelo menos 50 balões. Além disso, 13 balões prontos para soltura foram apreendidos durante a ação.
Conscientizar a população sobre os riscos da soltura de balões, tanto em termos de segurança quanto de preservação ambiental, é essencial para combater essa prática ilegal. A colaboração de todos é fundamental para garantir a segurança das pessoas e a proteção do meio ambiente. A soltura de balões pode ser denunciada ligando para 190 ou 181.
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