Desse montante, R$ 3,17 bilhões serão usados na consolidação de infraestruturas, R$ 600 milhões na expansão e R$ 1,75 bilhões em hospitais universitários
Nesta segunda-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu no Palácio do Planalto com reitores de universidades e institutos federais para anunciar significativos investimentos na educação superior. O ministro da Educação, Camilo Santana, detalhou que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) destinará R$ 5,5 bilhões a essas instituições.
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Desse montante, R$ 3,17 bilhões serão usados na consolidação de infraestruturas, R$ 600 milhões na expansão e R$ 1,75 bilhões em hospitais universitários. A consolidação abrange investimentos em salas de aula, laboratórios, auditórios, bibliotecas, refeitórios, moradias e centros de convivência, incluindo 223 novas obras, 20 em andamento e 95 retomadas.
A expansão resultará na criação de 10 novos campi universitários em diversas regiões do país, localizados nas cidades de São Gabriel da Cachoeira (AM), Cidade Ocidental (GO), Rurópolis (PA), Baturité (CE), Sertânia (PE), Estância (SE), Jequié (BA), Ipatinga (MG), São José do Rio Preto (SP) e Caxias do Sul (RS).
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Em relação aos hospitais universitários, estão previstas 37 novas obras em 31 hospitais já existentes, além da construção de oito novos hospitais vinculados a diversas universidades, como a Universidade Federal de Pelotas (RS) e a Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), entre outras.
Além desses investimentos, foi anunciado um adicional de R$ 400 milhões para o custeio das universidades e institutos federais, elevando o orçamento das universidades para R$ 6,38 bilhões e dos institutos federais para R$ 2,72 bilhões em 2024. O ministro Camilo Santana também sinalizou a possibilidade de aumentar em R$ 10 bilhões o orçamento das universidades até 2026.
Durante a reunião, Márcia Abrahão, reitora da Universidade de Brasília (UnB) e presidente da Andifes, enfatizou a necessidade urgente de reajustar os salários dos professores e servidores, destacando a defasagem salarial em comparação a outras carreiras que recentemente tiveram aumentos. Elias Monteiro, presidente do Conif e reitor do Instituto Federal Goiano, pediu celeridade nas negociações para pôr fim à greve que afeta o setor.
O encontro ocorreu em meio a um cenário de greves de professores e servidores das instituições de ensino superior, iniciadas em abril, que reivindicam reestruturação de carreira e recomposição salarial e orçamentária. O Andes, sindicato dos docentes, aponta uma defasagem salarial de 22,71% desde 2016. Lula, com histórico de liderança sindical, já afirmou que não haverá punições por causa da greve.
Anteriormente, o governo havia anunciado planos de criar 100 novos campi de institutos federais, reforçando o compromisso com a valorização do ensino público gratuito. Nos últimos meses, ações do PAC foram discutidas para atender as demandas das universidades, que clamam por um aumento nos recursos orçamentários.
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