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Governo Bolsonaro superou Ditadura em números de militares ocupando cargos civis no governo federal

Militares ocupando cargos no primeiro escalão do governo Bolsonaro já supera em números a Ditadura Militar; Equipe de Lula tem feito exonerações

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) - Agência Brasil - governo Bolsonaro
Jean Albuquerque

Jean Albuquerque

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 08/01/2023, às 12h25

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O governo Bolsonaro superou a Ditadura Militar em números de militares ocupando o primeiro escalão. O ex-presidente foi o que mais nomeou em comparação aos governos da ditadura, a exemplo de Castelo Branco (1964-1967), primeiro presidente do ciclo militar. 

Sob o comando de Jair Bolsonaro (PL), a presença de militares foi mais perceptível nas áreas social, ambiental e em postos ligados diretamente à Presidência da República. 

Segundo dados do Tribunal de Contas da União (TCU) foram identificados 6.157 oficiais ocupando cargos comissionados em funções civis em 2020, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, esse número representa mais que o dobro em 2016, que tinha 2.957, quando o PT deixou o poder após o impeachment de Dilma Rousseff.

Ao tomar posse, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exonerou o tenente-coronel do Exército Reginaldo Ramos Machado, nomeado por Bolsonaro para a Secretaria Especial de Saúde Indígena, órgão do Ministério da Saúde. Fica em seu lugar o  advogado Weibe Tapeba, vereador do PT em Caucaia (CE), o primeiro indígena a comandar a secretaria.

O tenente-coronel Samuel Vieira de Souza, que era assessor especial no Ministério do Meio Ambiente e havia ocupado uma diretoria no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também foi demitido. 

A mulher do almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha no governo Bolsonaro, também foi exonerada com Lula no poder. Selma de Pinho ocupava um cargo de confiança na Secretaria-Geral da Presidência da República.

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Desbolsonarização atinge militares 

No governo Lula a ordem é a de desmilitarizar a Esplanada dos Ministérios. Os militares da ativa e da reserva começaram a ser retirados de cargos políticos já nos primeiros dias do petista no poder. Esse processo atinge integrantes das Forças Armadas, policiais e mulheres e filhos de oficiais.

Ao Estadão, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que os militares só irão permanecer em cargo civil a pedido de algum ministro. Além de destacar que eles serão exonerados. “Temos todos os nomes. Todos que estavam em cargos de natureza civil, em funções não militares, de nível 5 para cima, inclusive, já saíram.”

O novo governo petista tem feito um verdadeiro pente-fino em todos os cargos comissionados do governo anterior, incluindo os militares. A ex-ministra do Planejamento e atual secretária executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, foi escalada para desempenhar essa função. Os despachos são assinados por Costa com a participação de outros ministros. 

*Com informações do jornal O Estado de S. Paulo 

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