Apesar do atual ministro da Educação trabalhar na pasta há dois anos, como secretário-executivo, ele não tem nenhuma formação na área educacional
Victor Meira | victor@jcconcursos.com.br
Publicado em 19/04/2022, às 09h26
O novo ministro da Educação, Victor Godoy, já está no comando da pasta após a polêmica do ex-ministro Milton Ribeiro, que foi afastado por supostamente ter favorecido prefeituras na liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), tendo dois pastores como intermediários.
Godoy é engenheiro de redes de comunicação formado pela Universidade de Brasília (UnB), ele ocupava o cargo de secretário-executivo do Ministério da Educação (MEC).
Apesar da formação em engenharia, ele é servidor público da carreira de Auditor Federal de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União (CGU), onde trabalhou desde 2004 até ser convidado ao cargo de secretário-executivo do MEC, em julho de 2020.
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Na CGU, Godoy atuou como auditor federal de Finanças e Controle, coordenador-geral; e diretor de Auditoria da Área Social e de Acordos de Leniência.
Embora seja o atual ministro da educação, Godoy não tem nenhuma formação na área. Inclusive, ele tem uma graduação e duas especializações.
Uma delas foi em Defesa Nacional pela Escola Superior de Guerra, cujo tema da sua monografia foi a “competência dos órgãos públicos no combate à corrupção”. A outra foi em Globalização, Justiça e Segurança Humana pela Escola Superior do Ministério Público.
Em meados de março, a Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar o ex-ministro Milton Ribeiro. A medida foi autorizada pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia, após a divulgação de um áudio, pelo jornal Folha de S.Paulo, no qual Ribeiro diz favorecer, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, prefeituras de municípios ligados aos dois pastores.
O ex-ministro já era alvo de um outro inquérito da PF, que tem por base suspeitas levantadas pela CGU relativas a irregularidades que estariam ocorrendo em eventos realizados pelo MEC e, também, sobre o oferecimento de vantagem indevida, por parte de terceiros, para a liberação de verbas do mesmo fundo.
A apuração ocorreu entre setembro de 2021 e março de 2022. O órgão, então, concluiu que agentes públicos não estavam envolvidos nas supostas irregularidades e enviou o caso para a PF, que abriu um inquérito criminal.
O caso está também na esfera cível, pela Procuradoria da República no Distrito Federal. É também alvo de uma fiscalização extraordinária que está a cargo do Tribunal de Contas da União (TCU).
Após a divulgação do caso, o então ministro Milton Ribeiro divulgou uma nota à imprensa, na qual disse não haver nenhum tipo de favorecimento na distribuição de verbas da pasta. Segundo ele, a alocação de recursos federais segue a legislação orçamentária.
*com informações da Agência Brasil
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