Haddad afirmou que a proposta será detalhada ao presidente, que terá a prerrogativa de aprovar ou rejeitar as sugestões. Ministro garantiu que a reformulação não resultará em perda de recursos
A equipe econômica do governo federal está planejando mudanças significativas na estrutura dos gastos mínimos destinados às áreas de Saúde e Educação no próximo Orçamento. O anúncio foi feito nesta terça-feira (11) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que pretende apresentar novas fórmulas de cálculo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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Haddad afirmou que a proposta será detalhada ao presidente, que terá a prerrogativa de aprovar ou rejeitar as sugestões. A reforma está sendo discutida em resposta a uma matéria do jornal Folha de S.Paulo, que revelou a intenção do governo de limitar a 2,5% o aumento real dos pisos dessas áreas, além da inflação.
O ministro garantiu que a reformulação não resultará em perda de recursos para Saúde e Educação. A intenção é evitar um possível colapso fiscal, dado que os pisos para essas áreas têm crescido mais rapidamente que os gastos discricionários dos ministérios.
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Conforme estimativas do Tesouro Nacional, se as regras atuais permanecerem inalteradas, o espaço para despesas discricionárias do governo poderia desaparecer até 2030. Entre 2025 e 2033, a previsão é de uma redução de R$ 504 bilhões para esses gastos, que incluem investimentos em obras e equipamentos.
A discrepância surge porque os pisos para Saúde e Educação são baseados em um percentual das receitas, enquanto outros gastos do arcabouço fiscal seguem um limite de 70% do crescimento real da receita do ano anterior. Com a revogação do teto de gastos, os pisos passaram a ser 15% da receita corrente líquida para a saúde e 18% da receita líquida de impostos para a educação.
Em 2022, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, sugeriu que os cálculos dos pisos mínimos fossem reavaliados para o Orçamento de 2025, argumentando que outros critérios poderiam ser mais eficientes do que a mera indexação às receitas.
No mesmo ano, Haddad mencionou a possibilidade de uma regra de transição no novo arcabouço fiscal, mas a proposta não avançou. Agora, com a necessidade de enviar o Orçamento ao Congresso até 30 de agosto, a equipe econômica está revisitando essas ideias para garantir a sustentabilidade das contas públicas sem prejudicar os setores de Saúde e Educação.
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