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Instituto Butantan anuncia desenvolvimento de vacina contra o virus Zika

Foram testadas mais de 60 composições nos últimos anos para chegar às formulações adequadas. A expectativa em relação à nova candidata a vacina contra o Zika é positiva

Processo de produção da vacina envolve o cultivo de células em frascos
Processo de produção da vacina envolve o cultivo de células em frascos - Freepik
Pedro Miranda

Pedro Miranda

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 07/12/2023, às 23h59

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Nesta quinta-feira (7), o Instituto Butantan revelou que está em processo de desenvolvimento de uma vacina contra o vírus Zika, conhecido por causar microcefalia em bebês quando a infecção ocorre durante a gestação. O imunizante em desenvolvimento utiliza o vírus inativado, uma plataforma considerada pelo instituto como ideal e segura para aplicação em gestantes.

Os testes em animais estão previstos para ter início no segundo semestre de 2024, após anos de dedicação dos pesquisadores desde a epidemia de Zika que o Brasil enfrentou em 2015. Durante o período de 2015 a 2022, o país registrou quase 1,9 mil casos de microcefalia congênita, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

O Butantan destacou que estudos de prova de conceito realizados em animais demonstraram a capacidade da vacina em gerar anticorpos neutralizantes contra o Zika. A próxima fase, planejada para agosto de 2024, consistirá em testes pré-clínicos de segurança para avaliar a tolerabilidade e possíveis reações adversas.

Existem dois imunizantes contra Zika de farmacêuticas estrangeiras em fases 1 e 2 de ensaio clínico

Apesar de ainda estar em estágio inicial, a expectativa em relação à nova candidata a vacina é positiva. O Instituto utiliza técnicas clássicas de produção, incluindo o adjuvante tradicional hidróxido de alumínio, considerado seguro pela comunidade científica para potencializar a resposta imunológica.

O processo de produção da vacina envolve o cultivo de células em frascos, multiplicação em biorreatores e inoculação com o vírus, seguido pela filtragem para eliminar contaminantes celulares. Após a inativação do vírus e a purificação, o produto final é concentrado e formulado, podendo ser armazenado em refrigeração comum entre 2°C e 8°C.

Foram testadas mais de 60 composições nos últimos anos para chegar às formulações adequadas, e os pesquisadores trabalham agora na versão final, que passará por estudos pré-clínicos. Com uma estabilidade de 100% por pelo menos quatro meses e atividade comprovada por até oito meses, o produto final terá a adição do adjuvante antes do envasamento nos frascos de vacina, aprimorando ainda mais seu perfil de estabilidade.

Vale ressaltar que, sem o vírus em circulação, ensaios clínicos de eficácia (fase 3) não são possíveis, destacando o estágio inicial do estudo. Atualmente, existem dois imunizantes contra o Zika de farmacêuticas estrangeiras em fases 1 e 2 de ensaio clínico.

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