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Ipea aponta desaceleração da inflação para todas as faixas de renda em março

Em 12 meses, o indicador acumula 4,65%, abaixo de 5% pela primeira vez em dois anos. Transporte, Saúde e Habitação pressionaram a inflação em todas as faixas de renda

Transporte, Saúde e Habitação pressionaram a inflação em todas as faixas de renda.
Transporte, Saúde e Habitação pressionaram a inflação em todas as faixas de renda. - Divulgação/JC Concursos
Pedro Miranda

Pedro Miranda

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 14/04/2023, às 19h28

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Conforme o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a inflação desacelerou para todas as faixas de renda em março, sendo que as famílias de menor renda foram as que mais se beneficiaram. Segundo o indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, a inflação para as famílias de renda muito baixa somou 0,53% em março, enquanto a maior taxa ficou com as famílias de renda média-alta, com 0,81%.

Houve forte desaceleração em todas as classes sociais em relação a março de 2022, mas a redução foi mais intensa para as famílias de menor poder aquisitivo, principalmente devido à redução da alta nos preços dos alimentos em domicílio. Exceto pelos segmentos de pescados e de aves e ovos, os demais alimentos registraram variações de preços menores em março de 2023 em relação a março de 2022.

No acumulado de 12 meses terminados em março, as famílias de renda alta tiveram a inflação mais elevada (6,44%). A menor inflação foi registrada no segmento de renda média-baixa (4,38%). Entre as famílias de renda muito baixa, o indicador atingiu 4,60%.

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Transporte, Saúde e Habitação pressionaram a inflação em todas as faixas de renda

O grupo transportes pressionou a inflação para todas as faixas de renda, influenciado pelas altas de 8,3% da gasolina e de 3,2% do etanol. No entanto, as famílias de maior renda sentiram menos o impacto por causa das quedas de 5,3% das passagens aéreas e de 1,6% do seguro veicular.

Mais dois grupos pressionaram a inflação em março, porém em menor intensidade. Na habitação, a alta de 2,3% nas tarifas de energia elétrica impactou principalmente as famílias de menor renda. No grupo saúde e cuidados pessoais, as famílias de menor poder aquisitivo sentiram a alta de 0,72% nos produtos de higiene pessoal, enquanto as de renda maior foram influenciadas pela alta de 1,2% nos planos de saúde.

O segmento de renda mais elevada também foi influenciado pelo grupo despesas pessoais, principalmente pelos reajustes de 0,32% dos serviços pessoais e de 0,55% dos serviços de recreação em março.

O índice oficial de inflação, IPCA, fechou março em 0,71%, inferior à taxa de fevereiro (0,84%). Em 12 meses, o indicador acumula 4,65%, abaixo de 5% pela primeira vez em dois anos.

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