Jogo do Tigre: vício e prejuízos financeiros levam vítimas a procurar ajuda

O programa Fantástico expôs uma rede de influenciadores digitais envolvidos no 'Jogo do Tigre' que foram presos no Paraná no domingo (3). A reportagem destacou como esse esquema criminoso de apostas tem prejudicado diversas vítimas, revelando casos dramáticos, como o de uma pessoa que perdeu todo o salário em apenas 15 minutos.

A vítima, que preferiu não ser identificada, relatou ter iniciado sua participação no jogo por meio de uma blogueira da cidade. O aparente sucesso financeiro da influenciadora, que comprou um carro zero em dois meses, foi o incentivo inicial. No entanto, a experiência rapidamente se transformou em um vício, resultando na perda de três salários, totalizando cerca de 17 mil reais.

Mesmo após a descoberta de que o 'Jogo do Tigre' é uma ilusão, o apelo persiste, e algumas vítimas sentem a tentação de jogar novamente. No entanto, a falta de recursos financeiros serve como uma barreira protetora, impedindo-as de recaírem no vício.

Polícia acredita que o 'Jogo do Tigre' não possui representação oficial no Brasil

A investigação policial concentra-se em influenciadores do Paraná e do Maranhão, com a influenciadora Skarlete Melo sendo o primeiro alvo. A operação resultou na apreensão de mais de R$ 1 milhão em dinheiro e três veículos importados. Outros 15 influenciadores já foram ouvidos, e as autoridades suspeitam de crimes como formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Os influenciadores, que alegam não ter controle sobre a plataforma de jogos, afirmam sua inocência. Três dos presos foram liberados na última quarta-feira (29), e um deles, Duda Campelo, fez declarações nas redes sociais, prometendo um sorteio de uma rifa, enquanto reivindicava sua honestidade. 

O que fazer após ser vítima de jogo online?

Se você é vítima de jogo online, é importante procurar ajuda. Existem várias organizações que podem fornecer apoio e orientação. No Brasil, o Ministério da Saúde oferece o Disque Saúde, que funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana. O número é 136.

Também é possível buscar ajuda nas seguintes organizações:

• Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq-HCFMUSP)

• Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Álcool e Drogas

É importante lembrar que você não está sozinho. Existem pessoas que podem ajudar.

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Jornalista em Multimeios. Repórter responsável por produzir matérias na editoria Sociedade no JC Concursos. Foi trainee de Jornalismo de Saúde do Estadão, estagiário no G1 Petrolina na TV Grande Rio e na Redação Virtual.