O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou hoje a reserva de vagas de emprego para mulheres em situação de vulnerabilidade, incluindo trans e travestis. Saiba mais sobre a medida
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) anunciou mais uma medida para ampliar a atuação da mulher no Poder Judiciário. Nesta terça-feira, 11 de abril, o CNJ aprovou por unanimidade a reserva de 5% das vagas de emprego para mulheres em situação de violência ou vulnerabilidade.
A iniciativa, chamada “Programa Transformação”, aplica-se aos tribunais e conselhos de todo o país, nos contratos de trabalho terceirizados e continuados. Segundo o ato normativo que instituiu a medida, com força de resolução, a novidade valerá aos contratos que possuam, pelo menos, 25 colaboradores para prestação de serviços contínuos em regime de dedicação exclusiva.
Terão prioridade para preencher essas vagas as mulheres:
Os órgãos do Poder Judiciário terão 90 dias para adaptar os contratos de prestação de serviço, e todos os editais de contratação devem prever a regra daqui em diante. A situação de vulnerabilidade das trabalhadoras contratadas em atendimento ao Programa Transformação será mantida em sigilo pela empresa contratada, pelos tribunais e pelo CNJ.
LEIA TAMBÉM
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ, ministra Rosa Weber, afirmou que o normativo representa um avanço na agenda de enfrentamento às desigualdades sociais. O texto prevê, ainda, que o CNJ estabeleça indicadores relativos à equidade, diversidade e inclusão relativos a contratos de terceirização de serviços.
Além de ampliar as vagas de emprego para mulheres, o ato normativo também obriga expressamente a paridade salarial entre homens e mulheres, bem como prevê a adoção, por todos os tribunais, de práticas de prevenção e de enfrentamento do assédio moral e sexual, entre outras medidas. O programa segue recomendações da Convenção Interamericana contra toda forma de Discriminação e Intolerância, da qual o Brasil faz parte desde 2022.
Item 1 ✅ Aprovado, por unanimidade, ato normativo que tem como objetivo criar, no âmbito do Poder Judiciário, a reserva de 5% das vagas dos contratos terceirizados para a mão de obra feminina em vulnerabilidade, em contratos que possuam, pelo menos, 25 empregados. #SessãoCNJpic.twitter.com/KEAz8UGZF9
— CNJ (@CNJ_oficial) April 11, 2023
+Atenção: moradores DESTAS 56 cidades podem sacar FGTS no limite de até R$ 6,2 mil
No final de março, o CNJ anunciou uma nova medida que será implementada nas bancas de concurso para juiz em todo o país. A partir de agora, será obrigatória a paridade de gênero nas bancas. Significa dizer que a composição da banca deve ter ao menos 50% de mulheres.
A medida tem como objetivo promover a igualdade de gênero no Judiciário e garantir mais oportunidades para as mulheres na magistratura. Segundo o órgão, a falta de representatividade feminina nas bancas de concursos pode levar à perpetuação de estereótipos e preconceitos de gênero.
A nova regra será aplicada em todos os concursos para juízes realizados no Brasil, incluindo os concursos para as carreiras de magistratura em todas as esferas, desde a estadual até a federal. A decisão foi tomada em 28 de março de 2023.
+Caixa libera consulta a lote extra do abono salarial PIS/Pasep; Saiba quem recebe
A paridade de gênero já é obrigatória em outras áreas do serviço público, como em comissões de avaliação para promoção e seleção de cargos de chefia. Agora, ela também será aplicada nas bancas de concursos para juiz, o que é considerado um avanço importante para a igualdade de gênero no Judiciário.
+++Acompanhe as principais notícias sobre Sociedade no JC Concursos.
Siga o JC Concursos no Google NewsSociedadeBrasilMais de 5 mil cidades no Brasil!
+ Mais Lidas
JC Concursos - Jornal dos Concursos. Imparcial, independente, completo.